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Estado de Minas

Governos fazem negociação salarial para evitar o movimento grevista de PMs

Mobilização no Rio e Bahia serviram de alerta para Paraná, Amazonas e Rio Grande do Sul


postado em 14/02/2012 09:07

As greves de policiais na Bahia e no Rio de Janeiro e a forma como os respectivos governadores Jaques Wagner (PT) e Sérgio Cabral (PMDB) conduziram as paralisações serviram de exemplo para que outros governos estaduais tomassem as rédeas das negociações, na tentativa de evitar o crescimento da insatisfação salarial. Desde a última sexta-feira, governadores de estados como Paraná, Amazonas e Rio Grande do Sul, entre apelos ao orgulho policial e propostas concretas, ensaiaram uma aproximação com representantes da categoria e aceitaram colocar sobre a mesa de discussão o tema do reajuste salarial.

No Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro (PT) prometeu aumento aos policiais durante visita a uma associação de policiais militares e argumentou que um reajuste em 2011 já teria contribuído para tirar o estado da última colocação no ranking de salários em todo o país. O governo federal avalia que o Rio Grande do Sul seja um dos estados em que há mais risco de adesão à greve. “Vamos trabalhar para melhorar os salários gradativamente”, discursou.

O governador amazonense, Omar Aziz (PSD), recebeu representantes de associações da PM e do Corpo de Bombeiros do estado para uma rodada de negociações em que foi cravado um prazo até amanhã para governo e policiais chegarem a um consenso sobre o reajuste. Três secretários estão destacados para negociar com os policiais. Acenar com reajustes também tem sido a principal estratégia do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), para lidar com policiais e outros servidores que reivindicam aumentos salariais.

Bahia

A Secretaria de Segurança da Bahia divulgou ontem balanço afirmando que, entre a noite de 31 de janeiro e a noite de sábado, ocorreram 180 homicídios na região metropolitana de Salvador, numa média diária que foi o dobro dos dias anteriores ao início da greve. Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, há indício de execução em 45 dos 180 casos. Entre eles, existe a suspeita de participação de policiais em “de 25 a 30” casos.

No Rio de Janeiro, por conta do esvaziado movimento grevista, há 17 PMs presos, entre os quais 10 estão no presídio Bangu I, com outros 10 bombeiros. A prisão dos 20 militares no sistema comum e não em unidades destinadas às sanções disciplinares levou a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) a redigir um ofício cobrando explicações ao governador Sérgio Cabral e ao Judiciário.

A medida foi tomada depois que a OAB verificou que a decisão da prisão em Bangu I veio da Justiça. Para tratar do tema, Cristiane Daciolo, mulher do cabo Benevuto Daciolo, detido desde quinta-feira, vem a Brasília hoje, acompanhada de mulheres de outros militares. Elas se encontrarão com o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Mendonça Prado (DEM-SE). “Precisamos entender por que esses militares estão no presídio comum”, defende o parlamentar. Um bombeiro do Rio está foragido.


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