Os 439 bombeiros que invadiram a sede do quartel central da corporação na noite desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, irão responder a processo civil e criminal pelo protesto. A informação foi dada pelo governador do estado, Sérgio Cabral (PMDB), durante entrevista coletiva na manhã deste sábado. Cabral informou que já pediu a abertura de processo administrativo contra todos os envolvidos na invasão e que caberá ao Ministério Público acionar os manifestantes criminalmente.
Segundo o governador, não haverá diálogo com os manifestantes. ''Eu não negocio com vândalos'', afirmou. Cabral passou cerca de quatro horas da manhã deste sábado reunido com o comando dos bombeiros, o vice-governador Luiz Fernando Pezão e os secretários de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e da Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes.
Sérgio Cabral negou que os bombeiros do estado tenham o menor salário do Brasil, como afirmaram os manifestantes, e disse que o governo está implantando um programa de recuperação salarial no estado. Ele prometeu que, até o final do ano, os salários serão elevados até o valor de R$ 2 mil, como está sendo pedido.
Durante a entrevista, Cabral se mostrou indignado com a invasão. Ele chamou os manifestantes de ''delinquentes'' e classificou a invasão como um ato ''irresponsável, intolerável e injustificável'' de vandalismo. ''É um grupo de vândalos, irresponsáveis, que não irão de forma alguma prejudicar a imagem de uma instituição tão respeitada e querida pelo povo do estado do Rio de Janeiro'', afirmou.