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Estado de Minas

Resgate não acredita que operários em SP estejam vivos

Famílias e equipes que procuram trabalhadores de pedreira de granito que desmoronou terça-feira perdem esperança de retirá-los com vida do local


postado em 16/04/2011 09:14 / atualizado em 16/04/2011 09:17

São Paulo – As equipes de resgate que trabalham na busca pelos dois trabalhadores de uma pedreira de extração de granito em Santos, no litoral de São Paulo, começaram a perder a esperança de encontrar Jucelino Mendonça de Souza, de 45 anos, há 15 na empresa, e Walter Santana, de 49, contratado há um mês. Eles estão soterrados há quatro dias sob um volume aproximado de 50 mil toneladas de pedras, areia e vegetação. O acidente ocorreu na manhã de terça-feira e, devido à instabilidade do terreno, os trabalhos de resgate na região estão sendo feito de forma lenta. Durante a semana, vários deslizamentos chegaram a paralisar os trabalhos dos bombeiros.

Para o chefe do Departamento de Defesa Civil de Santos, Daniel Onias Nossa, não dá para estabelecer um prazo para o término do resgate e a hipótese mais provável é a de que eles tenham morrido. “Os corpos dos trabalhadores podem ser encontrados hoje ou daqui a um mês, diante das dificuldades de escavação do local”, comentou.

As famílias de Jucelino e Walter mostravam-se ontem desanimadas com a possibilidade de encontrá-los com vida. “Estamos orando muito, mas a cada dia que passa fica mais difícil acreditar num milagre”, afirmava apreensiva a mãe de Jucelino, Marinita Rodrigues de Deus. Apesar do grande volume de terra e pedras no local do desmoronamento na mina de granito, as equipes de buscas trabalhavam no início da semana com a possibilidade de que os funcionários tivessem sido protegidos pelas máquinas que operavam. Além disso, bolsões de ar entre as rochas poderiam ajudar no fornecimento de ar.

Apesar de as chances de encontrá-los com vida ter reduzido drasticamente, uma equipe de geofísica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) passou ontem a auxiliar nas buscas pelos dois operários. A equipe do IPT e os bombeiros realizaram testes de magnetometria, na tentativa de localizar os equipamentos que foram soterrados com os operários. Segundo técnicos do instituto, a hipótese mais plausível é a de que os operários soterrados estejam nas máquinas.

De acordo com os técnicos, o procedimento empreendido ontem permite reduzir a área das buscas e agilizar a ação de resgate. O magnetômetro usado conseguiu captar sinais nas áreas mais críticas da pedreira. A interpretação dos sinais, concluída por volta das 16h, apontou região com “anomalias”, onde provavelmente estão as máquinas soterradas. Na tarde de hoje, a equipe do IPT permanecia no local para refinar a interpretação dos resultados dos testes, informou o instituto.

MOBILIZAÇÃO As buscas já envolveram uma grande equipe do Corpo de Bombeiros de Santos, da Defesa Civil e até de cães farejadores. As causas do acidente ainda não estão definidas. A Defesa Civil considera que pode ter havido infiltração de chuva nas rochas, que foram se desprendendo até ruir. Segundo relatos de técnicos da empresa para a Defesa Civil de Santos, porém, não houve sinais de que a rocha poderia se desprender, como fissuras ou estalos.

Outros dois funcionários que estavam na pedreira, Wilton Paulo da Silva Araújo e Cleiton Revertil dos Santos, conseguiram fugir e não foram atingidos. Todas as famílias estão sendo apoiadas com atendimento psicológico e social, segundo a empresa dona da pedreira de granito. De acordo com a companhia, a documentação da mina está em dia.

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