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Estado de Minas KIEV

Chanceleres da UE celebram reunião 'histórica' de apoio em Kiev


02/10/2023 10:22
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Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) se encontraram nesta segunda-feira (2) em Kiev para a primeira reunião fora das fronteiras do bloco, considerada "histórica" e para expressar solidariedade à Ucrânia.

A reunião acontece durante a contraofensiva da Ucrânia à invasão russa, que começou em fevereiro de 2022, e no momento em que o país pressiona para entrar no bloco, onde os 27 Estados-membros começam a demonstrar divergências sobre o apoio a Kiev.

"Estamos aqui, convocados para uma reunião histórica dos ministros das Relações Exteriores na Ucrânia, país candidato e futuro membro da UE", afirmou o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell, em um comunicado divulgado nas redes sociais.

"Estamos aqui para expressar nossa solidariedade e nosso apoio ao povo ucraniano", acrescentou, antes de destacar, no entanto, que o encontro é "informal".

Como anfitrião, o chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, comemorou o encontro em Kiev. "É um acontecimento histórico porque, pela primeira vez, nos reunimos fora (...) das fronteiras da União Europeia, mas dentro das futuras fronteiras da UE", declarou.

"Tenho certeza de que a Ucrânia e o mundo livre podem vencer este confronto. Mas a nossa vitória depende diretamente da nossa cooperação", disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, aos chanceleres europeus, citado em um comunicado da Presidência.

A Ucrânia obteve o status de país candidato a integrar a UE em junho de 2022, mas sem um calendário para as negociações de adesão.

A nova embaixadora da UE na Ucrânia, Katarina Mathernova, declarou em uma entrevista à imprensa ucraniana na sexta-feira que a adesão do país em 2030 é um objetivo "realista".

- Apoio a longo prazo -

Os 27 membros da UE permaneceram em grande parte unidos no apoio à Ucrânia, com 11 série de sanções à Rússia e gastos de bilhões de euros para enviar armas a Kiev.

Porém, o temor de fissuras no bloco aumenta com a preocupação do apoio reforçado dos Estados Unidos, principal suporte de Kiev.

A Hungria, principal aliada da Rússia na UE, pode se unir à Eslováquia depois que o populista Robert Fico, que é contrário à continuidade do apoio à Ucrânia, venceu as eleições no fim de semana.

Também foram registradas tensões entre Kiev e alguns de seus principais apoiadores no leste da Europa, em particular a Polônia, devido à chegada de cereais ucranianos a seus mercados.

"A fadiga do apoio completamente absurdo ao regime de Kiev aumentará em vários países", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, nesta segunda-feira.

A ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, destacou que a reunião em Kiev é uma "mensagem para a Rússia" a respeito da determinação do bloco de apoiar a Ucrânia a longo prazo.

"Vamos permanecer aqui por muito tempo", disse à imprensa.

Os ministros das Relações Exteriores de Hungria, Polônia e Letônia não compareceram à reunião, informou à AFP uma fonte do governo ucraniano que pediu anonimato.

- Contraofensiva lenta -

Em junho, Kiev iniciou sua aguardada contraofensiva, mas admitiu que o progresso é lento diante das defesas russas fortalecidas.

A Ucrânia pede mais armas ocidentais, em particular mísseis de longo alcance, para recuperar territórios ocupados pelas forças russas.

As autoridades ucranianas alertaram que a Rússia retomou uma campanha sistemática de ataques aéreos contra as instalações de energia da Ucrânia antes do inverno (hemisfério norte, verão no Brasil), uma estratégia que deixou milhões de pessoas sem calefação, ou abastecimento de água, por longos períodos no ano passado.

A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, pediu a implementação de "um plano de proteção de inverno" para que a Ucrânia enfrente os ataques.

Na frente de batalha, os bombardeios nesta segunda-feira deixaram quatro feridos em Kherson e dois em Orikhiv (sul), segundo as autoridades regionais.

Quatro drones explosivos russos foram derrubados durante a noite, informou o Exército ucraniano.

O serviço de Inteligência ucraniano reivindicou a autoria de um ataque com drones contra uma unidade de produção de mísseis em Smolensk, na Rússia, a mais de 600 quilômetros da fronteira.


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