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Estado de Minas ESTOCOLMO

Nobel de Medicina para pioneiros das vacinas RNA mensageiro contra COVID-19

Tecnologia premiada é de 2005, mas primeiras vacinas que usaram RNAm foram desenvolvidas pelos laboratórios e Pfizer e Moderna na pandemia


02/10/2023 08:13 - atualizado 02/10/2023 08:39
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bioquímica húngara Katalin Karikó e o pesquisador americano Drew Weissman
Bioquímica húngara Katalin Karikó e o pesquisador americano Drew Weissman (foto: Juan Pablo Rico / AFP)
A bioquímica húngara Katalin Karikó e o pesquisador americano Drew Weissman foram anunciados nesta segunda-feira (2) como os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2023 por seus trabalhos sobre RNA mensageiro (RNAm), que abriram o caminho para o desenvolvimento das vacinas contra a covid-19.

Os cientistas, que estavam na lista de favoritos, foram premiados por "suas descobertas sobre as modificações das bases nucleicas que permitiram o desenvolvimento de vacinas de RNAm eficazes contra a covid-19", afirmou o júri.

Ao selecionar a dupla, o Comitê do Nobel em Estocolmo rompeu com a tradição de reconhecer trabalhos com décadas de trajetória.

A tecnologia premiada nesta segunda-feira é de 2005, mas as primeiras vacinas que utilizaram RNAm foram desenvolvidas pelos laboratórios Pfizer e Moderna contra a covid-19.

"Os vencedores contribuíram para o desenvolvimento a um ritmo sem precedentes de uma vacina durante uma das maiores ameaças para a saúde da humanidade nos tempos modernos", acrescentou o júri.

A descoberta já rendeu vários reconhecimentos, incluindo o Prêmio Princesa das Astúrias em 2021, que compartilharam com outros cientistas.

No ano passado, o Nobel de Medicina foi atribuído ao sueco Svante Pääbo pelo desenvolvimento da paleogenética e suas descobertas sobre a evolução humana.

Pääbo, filho de um bioquímico também premiado com o Nobel, trabalhou no sequenciamento do genoma dos neandertais e descobriu que compartilhamos parte de nossos genes com este hominídeo extinto.

Ao longo da história, o prêmio de Medicina reconheceu grandes descobertas como o raio X, a penicilina, a insulina ou o DNA.

Mas o Nobel também premiou a lobotomia e o insecticida DDT, que caíram em desgraça.

A temporada do Nobel continuará na terça-feira com o prêmio de Física e na quarta-feira com a categoria Química.

Na quinta-feira será anunciado o vencedor do prêmio de Literatura e entre os nomes apontados como favoritos estão a escritora russa dissidente Liudmila Ulítskaya, o escritor vanguardista chinês Can Xue e o ameaçado autor britânico Salman Rushdie.

Na sexta-feira, em Oslo, será revelado o Nobel da Paz. A lista de potenciais vencedores inclui as mulheres iranianas que protestam contra o uso obrigatório do véu desde a morte da jovem Mahsa Amini em setembro de 2022, os tribunais que investigam crimes de guerra cometidos na Ucrânia e ações contra a mudança climática, entre outros.

O prêmio Nobel de Economia, conhecido como Prêmio de Ciências Econômicas do Banco da Suécia em Memória de Alfred Nobel, criado em 1969 por iniciativa do banco central sueco - encerra a temporada no dia 9 de outubro.


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