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Estado de Minas WASHINGTON

Acusação na Geórgia representa novos perigos para Trump


15/08/2023 21:00
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Donald Trump foi indiciado quatro vezes neste ano, mas as últimas acusações, feitas na Geórgia, podem representar um perigo adicional para o ex-presidente americano, que deseja retornar à Casa Branca em 2024.

O caso da Geórgia é o único julgamento que provavelmente será transmitido ao vivo na televisão e chegará aos lares de todo os Estados Unidos e do mundo.

O magnata imobiliário, que durante 14 anos protagonizou o programa de reality show "O Aprendiz", comparecerá como réu.

Fani Willis, procuradora distrital da Geórgia, acusou Trump e outras 18 pessoas de associação criminosa e outros crimes por sua tentativa de interferir nas eleições de 2020 neste estado do sul. Ela disse ontem que quer que o julgamento seja realizado nos próximos seis meses.

Em telefonema a funcionários eleitorais da Geórgia, Trump, 77, pediu que eles "encontrassem 11.780 votos", número de que ele precisava para reverter a vitória de Biden.

O republicano também enfrenta acusações federais apresentadas pelo promotor especial Jack Smith por supostamente conspirar para tentar alterar o resultado das eleições presidenciais vencidas pelo democrata Joe Biden.

Uma juíza fixará em 28 de agosto a data do julgamento na capital do país, mas câmeras de televisão não são permitidas nos tribunais federais.

Smith solicitou que o julgamento comece em 2 de janeiro de 2024, quase três anos depois que apoiadores de Trump atacaram o Capitólio dos Estados Unidos em uma última tentativa de impedir que o Congresso certificasse a vitória de Biden.

O promotor especial também acusou Trump, atual favorito para a indicação republicana para as presidenciais de 2024, de negligência no manejo de documentos governamentais confidenciais.

- Associação criminosa -

Trump e os outros 18 acusados no caso da Geórgia, entre eles, Mark Meadows, seu ex-chefe de gabinete na Casa Branca, e seu advogado Rudy Giuliani, foram acusados de associação ilícita, um crime ausente de seus outros processos penais.

"Fani Willis une eles todos ao impor uma acusação contra Trump e cada um dos outros 18 acusados" sob a Lei Rico, geralmente usada contra o crime organizado, e acusa o ex-presidente e seus cúmplices de atuarem "como uma quadrilha criminosa", explicam os advogados Norman Eisen e Amy Lee Copland em artigo publicado no New York Times.

A acusação da Geórgia é "a primeira a mergulhar nas profundezas da conspiração" para reverter a eleição de 2020, estimam os advogados. "A possibilidade de tudo se desenrolar pela TV aumenta o caráter histórico do indiciamento."

Uma condenação por essa acusação, normalmente imputada ao crime organizado, prevê uma pena mínima de cinco anos de prisão.

Trump foi declarado não culpado das acusações federais e em Nova York, e acusa os democratas de usar os processos judiciais para impedir seu retorno à Casa Branca.

Em relação a um possível indulto, as acusações de Nova York e da Geórgia implicam acusações estaduais, e não federais, de modo que Trump não poderia perdoar a si próprio caso vença as eleições do ano que vem, uma vez que um presidente americano só pode conceder perdão por crimes federais.

Na Geórgia, os indultos são concedidos por um Conselho de Indultos e Livramento Condicional, formado por cinco membros, e não pelo governador, como em muitos outros estados. Além disso, um criminoso só pode solicitar um indulto cinco anos depois do cumprimento da pena de prisão.


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