Centenas de opositores foram presos na Nicarágua no contexto da repressão que se seguiu aos protestos de 2018 contra o presidente Daniel Ortega, no poder desde 2007 e reeleito em 2021, em eleições questionadas pela comunidade internacional e pela OEA. Em protesto contra o não reconhecimento das eleições, a Nicarágua pediu para deixar o órgão, o que acontecerá em novembro.
Na resolução, o órgão supremo da OEA pede ao governo nicaraguense que "cesse toda violação dos direitos humanos e respeite os direitos civis e políticos, e que se abstenha de toda forma de intimidação" contra a imprensa, as comunidades religiosas e as ONGs. Também pede ao líder nicaraguense que "liberte de forma imediata e incondicional todos os presos políticos", como solicitado pelos órgãos da OEA.
A Nicarágua deve cooperar com os órgãos internacionais de direitos humanos, "inclusive mediante acesso ao seu território", acrescenta o texto.
A resolução gerou polêmica depois que o Brasil introduziu mudanças no rascunho inicial, apresentado por Estados Unidos, Canadá, Chile, Costa Rica e Antígua e Barbuda, que o tornaram menos contundente, sem alterar a sua essência.
WASHINGTON