(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PRISÃO

Mulher é condenada por tomar abortivo no 8º mês de gestação

Carla Foster recebu pena de 28 meses de prisão por induzir aborto além do limite legal, mas cumprirá metade em custódia


13/06/2023 14:58 - atualizado 13/06/2023 17:42
436

Pílulas
Carla conseguiu as pílulas abortivas por correio durante a pandemia de covid-19. (foto: Ilustrativo/Freepik)
Carla Foster foi condenada a 28 meses de prisão em Stoke-on-Trent, Inglaterra, por ingerir um medicamento abortivo estando entre a 32ª e a 34ª semana de gestação. O remédio que utilizou, em maio de 2020, é indicado somente até a 10ª semana de gravidez. O juiz Edward Pepperall afirmou que a condenada cumpriria metade da pena sob custódia.

Durante a pandemia de COVID-19, Carla conseguiu as pílulas abortivas por correio, devido ao afrouxamento das restrições. Ela mentiu sobre estar grávida de sete semanas ao consultar um serviço de aconselhamento sobre gravidez e continuou enganando outras pessoas, inclusive a polícia.

O feto não resistiu à ingestão do medicamento e nasceu morto. O juiz Pepperall precisou equilibrar os direitos reprodutivos da mulher com os direitos do feto no julgamento desse caso trágico. Ele mencionou que a sentença poderia desencorajar outros de ultrapassar o limite de 24 semanas para abortos.
 

Carla, que já possui outros dois filhos, poderia ter evitado a prisão se tivesse se declarado culpada anteriormente. O juiz considerou seu 'remorso profundo e genuíno' e o impacto que a sentença teria em seus filhos, incluindo um com necessidades especiais.

As investigações revelaram que Carla realizou diversas pesquisas na internet sobre como interromper a gravidez, demonstrando planejamento. Defensores do direito ao aborto criticaram a sentença como excessivamente severa e pediram o fim da criminalização do ato.

Mandu Reid, líder do Partido da Igualdade das Mulheres, afirmou que o caso evidencia os problemas da lei do aborto na Inglaterra. No entanto, um porta-voz do primeiro-ministro Rishi Sunak defendeu a criminalização do aborto em circunstâncias específicas, alegando que as leis atuais buscam equilibrar os direitos das mulheres com os dos fetos ainda não nascidos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)