A legislação proíbe a importação de produtos derivados da pecuária e da agricultura (incluindo também óleo de palma, soja, carvão vegetal e até papel) procedentes de terras desmatadas após dezembro de 2020.
Durante o debate, o eurodeputado Pascal Canfin (do bloco Renovar Europa, liberal) afirmou que esta é a "primeira lei do mundo que acaba com o desmatamento importado".
"Todas as pesquisas de opinião mostram que os europeus não querem contribuir para o desmatamento, mas não tinham a possibilidade de saber, quando tomam uma xícara de café de manhã ou um copo de chocolate, se eram cúmplices do desmatamento importado", acrescentou.
A eurodeputada ecologista Marie Toussaint declarou durante um debate esta semana que este é "um grande passo adiante para as florestas do mundo, o clima, a biodiversidade, mas também para os direitos humanos e a regulamentação de uma economia enlouquecida".
Ela considera, no entanto, fundamental que o texto seja ampliado para impactar ecossistemas frágeis como os manguezais, além de incluir produtos como o milho ou integrar aqueles que financiam muitos projetos que levam ao desmatamento.
A organização ecologista Greenpeace afirmou que este é apenas "o primeiro passo".
Para a ONG, esta norma apresenta "lacunas" ao excluir, por exemplo, ecossistemas como a savana e por não visar os bancos europeus que financiam projetos que destroem as florestas.
ESTRASBURGO