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Estado de Minas BUCHA

Cidade ucraniana de Bucha segue em reconstrução, sem esquecer seus mortos


31/03/2023 09:37

Um ano depois de ser libertada pelas forças ucranianas, a cidade de Bucha continua traumatizada pelas atrocidades atribuídas às tropas russas durante trinta e três dias de ocupação.

Com o passar do tempo, os moradores deste subúrbio da capital Kiev afirmam que "a dor vai diminuindo" e que devem "continuar vivendo", apesar do trauma coletivo que sofreram.

A rua Vokzalna, que vivenciou intensos combates, agora está repleta de escavadeiras e funcionários trabalhando na reconstrução de casas e estradas.

Nesta avenida, uma coluna de veículos blindados russos foi destruída durante a batalha travada pelas forças ucranianas para reconquistar a área.

Os destroços dos veículos militares foram carbonizados no local quando as tropas russas se retiraram em 31 de março de 2022, após o fracasso de sua ofensiva para tomar Kiev. Muitas das casas ao longo da rua foram destruídas.

Anatoly Yevdokimenko, de 60 anos, tem o prazer de mostrar sua nova casa, totalmente reformada. "O telhado foi destruído, as portas e janelas foram quebradas. Os projéteis atingiram todos os lugares", disse à AFP.

"Os voluntários começaram a chegar para a reconstrução. Depois teve um programa para reconstruir Bucha, especialmente a rua Vokzalna", disse ele.

Durante a ocupação, que começou em 27 de fevereiro, "os russos moraram em nosso porão e preparavam comida no pátio", contou.

Yevdokimenko conseguiu deixar a cidade através de um corredor humanitário em 12 de março.

- Trajes civis -

Natalia Zelinska também se beneficiou dos esforços de reconstrução e sua casa, que fica na esquina das ruas Vokzalna e Yablunska, foi reformada.

Nesta rua, uma equipe de jornalistas da AFP encontrou os corpos de cerca de 20 pessoas em trajes civis em 2 de abril de 2022. Uma delas estava com as mãos amarradas nas costas.

As imagens chocaram o mundo e foram descritas pelo governo ucraniano como um exemplo de execuções sumárias de civis que constituem crimes de guerra.

Em frente à igreja de Santo André, perto do município de Bucha, um grupo de trabalhadores montou um palco para a cerimônia oficial de homenagem marcada para esta sexta-feira.

Durante a ocupação, muitos corpos foram enterrados em uma vala comum no terreno da igreja.

"Há um ano, quando os russos estavam aqui, os moradores só podiam ficar em seus porões. Era perigoso, porque eram perseguidos e roubados", explicou o padre Andriy.

"É muito importante não esquecermos as pessoas que, infelizmente, já não estão entre nós". acrescentou.


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