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Estado de Minas WASHINGTON

Banco First Citizens absorverá os empréstimos e depósitos do SVB


27/03/2023 06:24

O banco americano First Citizens comprará a maior parte dos ativos do Silicon Valley Bank (SVB), cuja falência neste mês provocou uma onda de pânico no setor bancário dos Estados Unidos e da Europa.

O First Citizens comprará "todos os depósitos e empréstimos" do SVB e as 17 agências do SVB abrirão como First Citizens a partir desta segunda-feira (27), anunciou no domingo à noite a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC) dos Estados Unidos.

A negociação inclui a venda de 72 bilhões de dólares de ativos com um desconto de US$ 16,5 bilhões, de acordo com a agência reguladora.

Além disso, o SVB tinha no momento da falência, em 10 de março, 119 bilhões de dólares em depósitos, informou a FDIC.

Os correntistas do SVB se tornarão "automaticamente correntistas do First Citizens Bank", explicou a agência.

Os empréstimos e depósitos serão administrados pelo First Citizens, enquanto a FDIC reterá quase 90 bilhões de dólares em títulos e "outros ativos".

O mecanismo de garantia de depósitos do governo americano, administrado pela FDIC, absorverá perdas de 20 bilhões de dólares.

- Um setor sob pressão -

A quebra do SVB, especializado em empresas de tecnologia, foi a maior falência de um banco nos Estados Unidos desde 2008 e desestabilizou o setor bancário de uma forma que lembrou a muitos a crise financeira global iniciada naquele ano.

O SVB ficou em uma situação crítica depois de anunciar a venda de 21 bilhões de dólares em títulos financeiros, com perdas de US$ 1,8 bilhão, e a intenção de ampliar seu capital.

O anúncio gerou a retirada em larga escala de fundos do SVB, o que levou a agência reguladora do setor a declarar que o banco estava insolvente e assumir o controle em 10 de março.

No dia 13 de março, o banco reabriu as portas com o nome Silicon Valley Bank Bridge, com um gestor encarregado de encontrar uma solução.

Entre os fatores que precipitaram a falência está o ritmo acelerado de aumento das taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano), para combater a inflação.

O aumento das taxas de juros resultou na depreciação da carteira de títulos do Tesouro americano que SVB possuía - cujo valor flutua de modo inverso ao das taxas.

A alta das taxas de juros também elevou o custo dos empréstimos contraídos, motivo pelo qual as empresas clientes do SVB se viram obrigadas a alocar mais dinheiro para o pagamento da dívida.

Assim como o SVB, outros dois bancos faliram nos Estados Unidos nas últimas semanas, o Signature Bank e o Silvergate, e várias instituições regionais enfrentaram problemas na Bolsa. As turbulências também afetaram a Europa, com perdas generalizadas no setor bancário.

O First Citizens sofreu uma desvalorização de 23% na Bolsa desde janeiro. Outro banco regional sob pressão, o First Republic, perdeu 80% de seu valor em poucos dias.

Na semana passada, a FDIC anunciou um acordo similar para a compra de parte do Signature Bank pelo Flagstar Bank, uma filial do New York Community Bancorp.

O Flagstar absorveu as 40 agências do Signature e a maior parte dos 88,6 bilhões de dólares de depósitos. Mas quase US$ 60 bilhões em empréstimos permanecem sob controle das autoridades.

CITIZENS FINANCIAL GROUP


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