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Estado de Minas WASHINGTON

Biden: americanos podem 'ter confiança' no sistema bancário, apesar de falências


13/03/2023 20:38

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu aos americanos, nesta segunda-feira (13), que seu sistema bancário "é seguro", apensar da falência ou fechamento de três bancos em menos de uma semana e do temor de contágio que provocou a queda das bolsas na Europa.

"Os americanos podem confiar que o sistema bancário é seguro. Seus depósitos estarão lá [disponíveis] quando precisarem deles", declarou Biden em pronunciamento transmitido da Casa Branca, após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB).

Pouco conhecido do grande público, o SVB se especializou no financiamento de startups e havia se tornado o 16º maior banco dos Estados Unidos em ativos. Ao final de 2022, contava com US$ 209 bilhões em ativos e aproximadamente US$ 175,4 bilhões em depósitos.

Até o momento, são três os bancos que faliram devido aos saques maciços de depósitos, num contexto de aumento agressivo das taxas de juro por parte do Federal Reserve (Fed, Banco Central) para conter a inflação: o SVB, o Signature Bank e o Silvergate Bank. Esses dois últimos estão altamente expostos às criptomoedas.

No domingo à noite, as autoridades federais americanas intervieram para garantir que os correntistas tenham acesso aos seus recursos no SVB. Além disso, os reguladores assumiram uma segunda entidade bancária: o Signature Bank.

Mas há mais bancos americanos sob pressão. As ações do First Republic Bank, com sede em San Francisco, por exemplo, despencaram 62%.

Nos Estados Unidos, os principais índices da bolsa oscilaram entre o vermelho e o verde ao longo do dia. No fechamento de Wall Street, o índice Nasdaq subiu 0,45%, enquanto o Dow Jones caiu 0,28% e o S&P; 500 cedeu 0,15%.

Na Europa, as bolsas de Paris, Frankfurt e Milão acusaram o golpe, com quedas na ordem dos 3%.

"Longe de acalmar os nervos, o ambiente de contágio aumentou ainda mais com os investidores se desfazendo de ativos de risco em toda a Europa", disse à AFP Fiona Cincotta, analista do City Index.

"Os investidores estão mirando nos bancos espanhóis e italianos, o que sugere que eles são vistos como os elos mais fracos", acrescentou.

- Risco de recessão -

A maioria dos observadores do mercado financeiro está otimista e duvida que ocorra uma situação comparável à crise financeira de 2008.

Ainda assim, muitos percebem um risco crescente de recessão, especialmente diante da expectativa de que os bancos centrais continuem elevando os juros.

O Banco Central Europeu se reunirá na próxima quinta-feira para provavelmente aumentar as taxas. Biden é a favor de reagir "imediatamente".

Em uma declaração conjunta emitida ontem, o Federal Reserve dos EUA, a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) e o Departamento do Tesouro garantiram que os depositantes do SVB teriam acesso a "todo o seu dinheiro" a partir desta segunda-feira.

Também terão "acesso completo" os que mantêm seu dinheiro no Signature Bank, um credor de tamanho regional com sede em Nova York que foi fechado no domingo, depois que o preço de suas ações desabou.

O Fed anunciou, ainda, que colocará fundos adicionais à disposição dos bancos para ajudá-los a atender às necessidades dos correntistas.

Segundo o presidente, o governo fará todo o possível para que os correntistas recuperem o seu dinheiro e, de qualquer forma, "os contribuintes não serão responsabilizados pelo prejuízo". O mandatário também insistiu em fortalecer a regulamentação do setor.

"Vou pedir ao Congresso e aos reguladores bancários que endureçam as regras para os bancos, para que seja mais improvável que esse tipo de quebra bancária se repita", explicou, culpando os republicanos por derrubarem, durante o mandato de Donald Trump, as salvaguardas introduzidas após o colapso financeiro de 2008.

Por enquanto, o Fed anunciou que irá apurar as condições de supervisão e regulação do SVB porque os fatos "exigem uma análise aprofundada, transparente e rápida", declarou o presidente da entidade, Jerome Powell. Os resultados serão divulgados em 1º de maio.

O presidente democrata quer que os responsáveis pela falência "prestem contas", razão pela qual evitou um resgate bancário no fim de semana.

- Impacto global? -

Biden enfatizou que os investidores que compraram o SVB correram riscos e devem arcar com as consequências porque "é assim que o capitalismo funciona".

No Reino Unido, o gigante bancário HSBC comprou a divisão britânica do SVB por apenas uma libra (US$ 1,2) em um acordo de resgate supervisionado pelo Banco da Inglaterra e pelo governo.

Autoridades francesas e alemãs, no entanto, não preveem riscos para seus sistemas financeiros.

Os políticos europeus tentam acalmar os ânimos: "Não há contágio direto e a possibilidade de um impacto indireto é algo que devemos monitorar, mas no momento não vemos um risco significativo", declarou o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, em Bruxelas.

A Oxford Economics não vê consequências significativas para a economia ou "riscos sistêmicos para o setor bancário", mas prevê uma provável "recessão leve" no segundo semestre de 2023 nos Estados Unidos.

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