"O primeiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia representa um marco sombrio para o povo ucraniano e para a comunidade internacional. Essa invasão é uma afronta à nossa consciência coletiva", declarou Guterres.
Além de denunciar as consequências humanitárias e as violações dos direitos humanos, Guterres arremeteu contra a violação da Carta das Nações Unidas pela Rússia, cujo "ataque à Ucrânia desafia os princípios e valores no centro do nosso sistema multilateral".
O secretário-geral mencionou seu medo de um conflito mais amplo. "Em um ano, não apenas vimos o sofrimento e a devastação crescerem, mas também é cada vez mais evidente até que ponto eles podem piorar", alertou.
"As possíveis consequências da escalada do conflito são um perigo claro e já estão aí", assinalou, voltando a evocar os riscos relacionados às "ameaças implícitas" do recurso das armas nucleares e atividades militares "irresponsáveis" em torno de centrais nucleares.
"Já é hora de se afastar desse abismo", ressaltou Guterres, que reitera seu pessimismo em relação a uma eventual saída rápida da crise.
"Embora as perspectivas pareçam pouco encorajadoras atualmente, temos que trabalhar sabendo que uma paz verdadeira e duradoura deve se basear nos princípios da Carta da ONU e do direito internacional", declarou o secretário-geral.
"Quanto mais os combates se prolongarem, mais difícil será esse trabalho", frisou.
NOVA YORK