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Estado de Minas BRUXELAS

UE condena Israel por deportação de eurodeputada espanhola


21/02/2023 12:59

A União Europeia (UE) classificou como "profundamente decepcionante", nesta terça-feira (21), a decisão de Israel de não permitir a entrada da eurodeputada espanhola Ana Miranda, que tentava viajar para o território palestino.

Miranda chegou a publicar tuítes em espanhol e galego enquanto ainda estava no aeroporto de Tel Aviv para denunciar que havia sido detida por várias horas no terminal aéreo e que aguardava o momento de ser expulsa.

Outros membros da delegação conseguiram entrar em Israel, mas Miranda foi deportada rumo a Madri.

Em suas mensagens, a eurodeputada indicou que esta recusa foi justificada por sua participação na chamada "Flotilha da Liberdade" em 2015, após o incidente internacional ocorrido no mar Mediterrâneo em 2010.

A porta-voz diplomática da UE, Nabila Massrali, disse que a deportação de Miranda foi "surpreendente", pois sua entrada no país foi devidamente autorizada pelas autoridades israelenses.

"Lamentamos a decisão", comentou Massrali, para quem o gesto foi "profundamente decepcionante".

"O respeito por todos os eurodeputados eleitos e pelo Parlamento Europeu é essencial para as boas relações entre UE e Israel", finalizou ela.

Já o chefe diplomático da Espanha, José Manuel Albares, disse à Comissão de Relações Exteriores do Congresso que o governo está "exigindo explicações das autoridades israelenses".

Em nota enviada à AFP, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, destacou a importância das relações com a UE, mas confirmou que a eurodeputada está proibida de entrar no país.

"Pedi a proibição da entrada [no país] de parlamentares europeus que expressaram apoio a organizações terroristas ou que tentaram entrar ilegalmente em Israel no passado", disse o funcionário em nota.

O bloco europeu e Israel retomaram as reuniões de um conselho conjunto que haviam sido suspensas por quase uma década, após o país rejeitar as críticas da UE aos assentamentos na Cisjordânia, considerados ilegais pelo direito internacional.

No entanto, o retorno de Benjamin Netanyahu ao cargo de primeiro-ministro à frente do governo mais à direita da história de Israel diminuiu as esperanças de uma melhora nas relações bilaterais com a UE.


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