O líder de esquerda, de 76 anos, tem 45% das intenções de voto, 2 pontos percentuais a menos que na última pesquisa, enquanto o presidente manteve os 32%. Na pesquisa de 18 de agosto, a diferença entre os dois era de 15 pontos percentuais.
Trata-se da primeira pesquisa após o primeiro debate presidencial, realizado no último domingo, em que Lula e Bolsonaro trocaram duras acusações e, segundo analistas, ambos mostraram fraquezas.
A fuga de apoios a Lula favoreceu Ciro Gomes (PDT), o distante terceiro lugar, que cresceu de 7% para 9% de intenções de voto, e também a senadora Simone Tebet (MDB), que ganhou 3 pontos e subiu para 5%.
A candidata, quarta na disputa pelo Palácio do Planalto, foi, segundo uma pesquisa qualitativa também do Datafolha, a "vencedora' do debate, ao mostrar firmeza em críticas que atingiram tanto Bolsonaro quanto Lula.
O governo de Bolsonaro aumentou desde o mês passado os pagamentos do Auxílio Brasil de 400 para 600 reais mensais, que alcançam 20,2 milhões de famílias, entre outras medidas como ajudas a caminhoneiros.
Além disso, baixou os impostos dos combustíveis, reduzindo os preços, que cresceram agressivamente no último ano, muito acima da inflação.
Com a diminuição de sua vantagem, Lula aparece com menos chances de ganhar no primeiro turno: ele teria 48% de votos válidos (excluindo brancos e nulos) contra 34% de Bolsonaro.
Em um possível segundo turno, o esquerdista superaria o atual mandatário por 53% a 38%, de acordo com o Datafolha.
Foram entrevistadas na pesquisa 5.734 pessoas em 285 cidades brasileiras entre 30 de agosto e 1º de setembro. Os resultados incluem uma margem de erro de 2 pontos.
SÃO PAULO