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Estado de Minas BUENOS AIRES

Morre o cirurgião argentino Domingo Liotta, pioneiro do coração artificial


01/09/2022 18:06

O reconhecido cirurgião argentino Domingo Liotta, pioneiro da cirurgia cardiovascular e do uso clínico do coração artificial, morreu aos 97 anos em Buenos Aires, informou nesta quinta-feira (1º) sua família.

Liotta foi também médico pessoal do ex-presidente Juan Perón e secretário de Saúde em seu último governo (1973-1974). Depois, entre 1994 e 1996, foi titular da Secretaria de Ciência e Tecnologia da Argentina, durante a presidência de Carlos Menem.

"Ele foi um homem grande de verdade, um pioneiro. Um incansável. Sempre foi discreto, simples. Nunca quis abrir uma clínica privada. Um sujeito desapegado do dinheiro e unido à família. Sua grande preocupação era a humanidade", declarou seu filho, Patrick Liotta, à agência oficial Télam ao confirmar a morte.

Nascido em 29 de novembro de 1924, o médico faleceu na noite de quarta-feira de uma isquemia intestinal. Seu corpo será transportado para a cidade de Diamante, a 350 km, onde está a casa onde passou sua infância, que agora funciona como museu.

Liotta começou seus trabalhos sobre o coração artificial total durante sua residência na Universidade de Lyon, na França, para onde foi em 1955 e, em 1960, voltou à Argentina para seguir com sua pesquisa, de acordo com sua biografia, publicada pela fundação dedicada a pesquisas médicas que leva seu nome.

Em 1961, passou a integrar o Departamento de Cirurgia Cardiovascular de Michael DeBakey na Universidade Baylor de Houston, nos Estados Unidos. Foi lá que descobriu a assistência mecânica cardiocirculatória com um ventrículo artificial incorporado para o tratamento da insuficiência cardíaca irreversível.

Em 19 de julho de 1963 realizou, junto com o americano Stanley Crawford, o primeiro implante clínico na história da medicina com uma bomba intratorácica no Hospital Metodista de Houston.

Em 4 de abril de 1969, Liotta e Denton Cooley implantaram pela primeira vez no mundo um coração artificial total, que manteve um paciente vivo por 64 horas, até ele receber um transplante, explica sua biografia.

O protótipo clínico original do Coração Artificial Total Liotta-Cooley foi escolhido em 2006 para ser exibido no setor de "Tesouros da História Americana" no Smithsonian Institution nos Estados Unidos.

Liotta, que voltou em 1971 a Buenos Aires, onde viveu até sua morte, recebeu honrarias na Espanha e na Itália e foi diretor honorário do Instituto do Coração de Guangzhou, na China.


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