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Estado de Minas CIDADE DO MÉXICO

Suposto autor intelectual do assassinato de jornalista é preso no México


25/08/2022 18:59

Autoridades mexicanas prenderam um suposto traficante de drogas acusado de ser o autor intelectual do assassinato do fotojornalista Margarito Martínez, ocorrido em 17 de janeiro, anunciou o governo nesta quinta-feira (25).

"David N", líder de um esquadrão do dizimado cartel Arellano Félix, foi detido na quarta-feira junto com outras duas pessoas na cidade de Apodaca (estado de Nuevo León, norte), disse o subsecretário de Segurança, Ricardo Mejía.

Ele é o "suposto autor intelectual do assassinato de Margarito e é o chefe de uma célula da organização Arellano Félix", disse o funcionário durante a conferência diária do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Mejía não aprofundou os motivos do crime, cujos autores também são acusados do assassinato da jornalista Lourdes Maldonado em 23 de janeiro, em Tijuana (noroeste, na fronteira com os Estados Unidos). Com Martínez, já são 13 os jornalistas assassinados neste ano no país, segundo um balanço atualizado por Ricardo Mejía nesta quinta-feira.

A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) contabiliza 14 homicídios de comunicadores até agora este ano, "incluindo 10 relacionados ao seu trabalho".

"O México vive o ano mais letal para a imprensa de sua historia", assinala a organização em um relatório divulgado hoje, que contabiliza 36 crimes e dois desaparecimentos de jornalistas desde que López Obrador assumiu o poder, em 2018. A cifra mais alta havia sido registrada em 2017, de 12 homicídios, segundo a ONG.

Segundo o subsecretário de Segurança, Maldonado, que estava sob um programa de proteção do governo, teria sido morta "em retaliação" por suas denúncias contra traficantes que atuavam em seu bairro.

O mais recente homicídio de um jornalista no México ocorreu na segunda-feira passada no município de Chilpancingo (Guerrero, sul), onde Fredid Román, que trabalhava nas redes sociais, foi morto a tiros.

As autoridades estão investigando se o caso está relacionado ao seu trabalho ou ao assassinato, em 1º de julho, do filho do repórter que havia sido ameaçado por criminosos devido à sua atividade empresarial, disse Mejía.

Segundo a RSF, desde 2000 ocorreram mais de 150 homicídios de jornalistas no México. Esses crimes, em sua maioria, permanecem impunes.


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