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Estado de Minas WASHINGTON

Opositores advertem sobre existência de processos contra presidente de Irã nos EUA


25/08/2022 18:49

Um grupo de opositores iranianos no exílio revelou a existência de processos na Justiça de Nova York contra o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, desafiando as autoridades dos Estados Unidos a agir quando o mandatário chegar ao país no próximo mês para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Segundo o Conselho Nacional de Resistência Iraniana (CNRI), as denúncias acusam Raisi de tortura e assassinato durante execuções maciças de dissidentes em 1988.

Seguindo o exemplo de ações similares no Reino Unido, os processos sustentam que Raisi integrava a chamada "Comissão da Morte": quatro juízes que ordenaram milhares de execuções e tortura de membros da Organização dos Mujahidin do Povo de Iraniano (MEK), um grupo opositor aliado do CNRI.

Não há "nenhuma dúvida de que, sendo procurador adjunto do Estado na província de Teerã, Ebrahim Raisi era um dos membros desta 'Comissão da Morte'", declarou Steven Schneebaum, advogado dos denunciantes em uma coletiva de imprensa do CNRI em Washington.

As denúncias foram apresentadas em Nova York na semana passada em nome de duas pessoas torturadas naquela época e de um terceiro, cujo irmão foi executado.

Os queixosos exigem reparações não especificadas por perdas e danos, citando declarações da Anistia Internacional e sanções americanas que acusam Raisi de ter participado da violenta repressão de 1988.

As ações judiciais questionam a ideia segundo a qual Raisi, eleito presidente no ano passado, se beneficiaria de imunidade sendo representante de um país estrangeiro que participa da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Segundo o advogado Schneebaum, Raisi não é um diplomata oficialmente credenciado nos Estados Unidos. Além disso, apesar de ser presidente, o real chefe de Estado do Irã é seu líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, garantiu.

Se os Estados Unidos aceitarem esses argumentos, poderiam notificar Raisi oficialmente da existência das ações judiciais se ele participar das reuniões na ONU em setembro.

Entrevistado sobre o assunto, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant Patel, declarou que os Estados Unidos têm o dever de permitir a entrada de dignatários estrangeiros.

"Como país anfitrião da ONU, os Estados Unidos estão geralmente obrigados, em virtude do acordo sobre a sede da ONU, a conceder vistos aos representantes de Estados-membros das Nações Unidas para que compareçam à sede" da organização, disse Patel aos jornalistas.

Os processos chegam no momento em que avançam as negociações para ressuscitar o acordo nuclear de 2015 com a República Islâmica, cujo objetivo é reduzir seu potencial para desenvolver uma arma atômica, e do qual o ex-presidente Donald Trump se retirou em 2018.


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