Os 'sadristas' "instalaram barracas" diante da principal instância judicial do Iraque, localizada do lado de fora da muito vigiada Zona Verde, segundo a agência de notícias estatal INA
Eles exibem faixas que pedem "a dissolução da Assembleia Nacional" e uma "luta contra a corrupção", segundo fotos e vídeos divulgados pelos responsáveis da corrente sadrista.
O impasse é total no Iraque, onde as forças políticas xiitas se enfrentam desde as eleições legislativas de outubro de 2021 sobre o nome do próximo primeiro-ministro.
Moqtada Sadr é um líder religioso e político a quem centenas de milhares de iraquianos obedecem à risca. Sua formação é a maior no parlamento.
A Corrente Sadrista pede a dissolução do Parlamento, eleições legislativas antecipadas e uma mudança na Constituição que permita ao vencedor das eleições o direito de formar um governo, o que não acontece atualmente.
Por outro lado, a coalizão Marco de Coordenação, formada por facções xiitas pró-Irã, exige a formação de um novo governo para acabar com meses de estagnação. Também recorreu a protestos em acampamentos para mostrar sua capacidade.
Após as últimas eleições gerais, realizadas há dez meses, as negociações pós-eleitorais entre o bloco de Sadr - o maior da Câmara - e outras facções não foram bem-sucedidas, de modo que o país não conseguiu nomear um novo governo, primeiro-ministro ou presidente.
O Marco de Coordenação reúne o partido do ex-primeiro-ministro Nuri al Maliki (ex-inimigo de Sadr) e Hashed al Shaabi, uma ex-rede paramilitar pró-iraniana agora integrada às forças de segurança.
BAGDÁ