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Estado de Minas BOGOTÁ

Governo da Colômbia suspende ordens de captura de negociadores de paz do ELN


20/08/2022 19:23

O governo da Colômbia suspendeu as ordens de captura e de extradição dos negociadores do ELN em Cuba para avançar em um processo de paz com esta guerrilha, anunciou neste sábado (20) o presidente Gustavo Petro.

O presidente suspendeu por decreto as medidas contra a equipe do Exército de Libertação Nacional (ELN), antes da retomada dos diálogos, provavelmente em Havana.

"Autorizei (...) suspender ordens de captura destes negociadores; suspender ordens de extradição (...) para que comece um diálogo com o Exército de Libertação Nacional", disse Petro ao final de um conselho de segurança no município de San Pablo (norte).

O presidente disse esperar que o futuro processo de paz com a última organização rebelde reconhecida na Colômbia seja "rápido e expedito", e ponha fim a seis décadas de levante armado.

A delegação de paz em Cuba é formada por dez integrantes dirigidos por Pablo Beltrán. Os Estados Unidos pediram a extradição de 11 rebeldes, sob acusações de narcotráfico, mas até o momento nenhum dos delegados em Cuba consta da lista.

O governo antecessor de Iván Duque rompeu em 2019 as negociações iniciadas pelo ex-presidente e Nobel da Paz Juan Manuel Santos, depois de um ataque com um carro-bomba contra uma academia de polícia, que deixou 22 mortos, além do agressor.

Duque voltou a ordenar a captura dos delegados do ELN e exigiu, sem sucesso, de Cuba sua entrega, violando os protocolos acordados pelas partes, com a mediação de avalistas internacionais, no início do frustrado processo de paz.

Tais normas estabeleciam o retorno seguro a território colombiano da equipe negociadora do ELN caso os diálogos não prosperassem, mas Duque insistiu em pressionar o governo cubano para que tornasse efetiva a captura dos guerrilheiros, o que deteriorou as relações entre os dois países.

No entanto, com a chegada do primeiro governo de esquerda ao poder na Colômbia, abriram-se as portas para um novo processo de paz.

Neste sábado, Petro anunciou que restituiu os "protocolos" violados por seu antecessor e ampliou sua oferta de diálogo ao Clã do Golfo, a maior organização armada do narcotráfico que também se denomina Autodefesas Gaitanistas da Colômbia.

"Convido a quem integra as chamadas autodefesas a iniciar um caminho similar", enfatizou.

O governo de Petro e o ELN já tiveram uma primeira aproximação em Havana na semana passada, após a qual manifestaram a intenção de instalar uma mesa de negociação.

Depois da ruptura dos diálogos, em 2019, o ELN aumentou seu efetivo, passando de 1.800 a 2.500 combatentes e colaboradores, segundo estimativas oficiais.


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