El Shafee Elsheikh, de 34 anos, recebeu oito sentenças simultâneas de prisão perpétua após ter sido condenado em abril por tomada de reféns, conspiração para assassinar cidadãos americanos e apoio a uma organização terrorista.
O tribunal de Alexandria, perto de Washington, julgou Elsheikh por seu envolvimento na morte dos jornalistas James Foley e Steven Sotloff, e dos trabalhadores humanitários Peter Kassig e Kayla Mueller.
Ao proferir a sentença, o juiz federal T.S. Ellis disse que a conduta de Elsheikh "só pode ser descrita como horrível, bárbara, brutal, insensível e, logicamente, criminosa".
O condenado não demonstrou nenhuma reação visível ao ouvir a sentença.
Diane Foley, mãe de James Foley, disse nesta sexta-feira em uma declaração ao tribunal, dirigindo-se a Elsheikh: "seus crimes cheios de ódio não venceram (...) Você foi responsabilizado por sua depravação".
"O amor é muito mais forte do que o ódio. Eu me compadeço de você por ter escolhido o ódio".
Elsheikh e outra ex-"Beatle", Alexanda Amon Kotey, foram capturados por uma milícia curda na Síria em janeiro de 2018 e entregues às forças americanas no Iraque.
Em 2020, foram levados aos Estados Unidos para serem julgados.
Kotey, de 38 anos, se declarou culpado em setembro de 2021 e foi condenado à prisão perpétua em abril.
Outro suposto "Beatle", Aine Davis, de 38 anos, foi deportado da Turquia para o Reino Unido e se encontra em prisão preventiva por acusações de terrorismo.
O quarto "Beatle", o carrasco Mohammed Emwazi, foi morto em um ataque americano com drones na Síria em 2015.
Os sequestradores, que cresceram e se radicalizaram em Londres, foram apelidados de "Beatles" por seus reféns devido ao sotaque britânico.
Ativos na Síria entre 2012 e 2015, são acusados de sequestrar mais de duas dezenas de jornalistas e trabalhadores humanitários dos Estados Unidos e outros países.
Dez ex-reféns europeus e sírios testemunharam no julgamento de Elsheikh, acusando os "Beatles" de meses de tratamento brutal que incluía surras, descargas elétricas, afogamento e simulações de execução.
Foley, Sotloff e Kassig foram decapitados por Emwazi, e o EI publicou vídeos de suas mortes com fins de propaganda.
ALEXANDRIA