"Nos parece uma opção muito válida", declarou durante uma coletiva de imprensa Roi López, porta-voz do movimento 'Free Alex Saab', ao se referir a uma "troca". "Clamamos por sua liberdade imediata", expressou.
Saab, colombiano nacionalizado venezuelano, foi extraditado para os Estados Unidos em outubro do ano passado, após ser detido em Cabo Verde em 12 de junho de 2020. O governo de Maduro descreve o processo como "ilegal", alegando que o empresário tinha status "diplomático".
"Há uma série de detentos americanos cumprindo pena aqui na Venezuela, alguns por tentativa de atentar contra a vida do presidente, outro por crimes econômicos cometidos contra a nação, etc. (...), se for feita uma troca, excelente, porque tratemos de volta nosso diplomata", acrescentou López.
Dois americanos detidos na Venezuela foram soltos em março, após a visita de dois enviados da administração de Joe Biden a Caracas: o ex-diretor do grupo Citgo Gustavo Cárdenas, condenado por corrupção nessa subsidiária da estatal petrolífera PDVSA, e o cubano-americano Jorge Alberto Fernández, preso no início de 2021 na fronteira com a Colômbia e acusado de "terrorismo".
Washington pede a liberação de Matthew Heath, um ex-membro dos fuzileiros navais preso em setembro de 2020, que foi rotulado de "espião" e acusado de planos para atacar instalações petrolíferas e elétricas.
Venezuela e Estados Unidos romperam relações no início de 2019, depois que a Casa Branca não reconheceu Maduro como presidente, considerando sua reeleição "fraudulenta".
Os membros do movimento 'Free Alex Saab' pediram aos parentes dos americanos presos na Venezuela para "pressionar".
"Todas as opções estão na mesa", disse Pedro Carvajalino, outro porta-voz. O Estados Unidos "está fazendo mais esforços para libertar uma jogadora de basquete na Rússia do que mais de dez cidadãos americanos que estão na Venezuela", acrescentou, citando o caso de Brittney Griner, condenada na Rússia a nove anos de prisão por tráfico de drogas.
CARACAS