O grupo já está cotado em Hong Kong desde 2019. Mas, neste momento, é apenas uma listagem secundária, o que não lhe permite participar do programa Stock Connect que liga as bolsas de Hong Kong às de Xangai e Shenzhen.
A decisão, que deve entrar em vigor antes do final do ano, ocorre em meio a crescentes preocupações entre as empresas de tecnologia chinesas listadas em Nova York sobre uma regulamentação mais rígida pelas autoridades dos Estados Unidos em meio às crescentes tensões entre Pequim e Washington.
A China se opôs a uma tentativa dos reguladores americanos de inspecionar os documentos das empresas chinesas listadas nos Estados Unidos. O Alibaba está entre as 250 empresas que enfrentam risco de exclusão, se nenhum acordo for fechado.
O anúncio fez as ações do Alibaba em Hong Kong subirem 4,82%, para HK$ 104.
Com sede em Hangzhou, no leste da China, o Alibaba é um dos muitos gigantes da tecnologia que tiveram de enfrentar uma ampla repressão a supostas práticas anticoncorrenciais desde o final de 2020 na China.
Esta campanha visa a fiscalizar as grandes empresas de tecnologia por medo de que elas controlem muitos dados e se desenvolvam muito rápido.
Mas, à medida que a economia chinesa desacelera, as autoridades parecem estar adotando uma postura mais flexível.
Em maio, o primeiro-ministro Li Keqiang instou as empresas de tecnologia a serem listadas na China e no exterior.
A decisão de fazer de Hong Kong outro mercado primário pretende fomentar "uma base de investidores mais ampla e diversificada para partilhar o crescimento e o futuro do Alibaba, particularmente da China e de outros mercados asiáticos", declarou o diretor-geral do grupo, Daniel Zhang, nesta terça-feira.
"Hong Kong também é a plataforma de lançamento da estratégia de globalização do Alibaba, e temos plena confiança na economia e no futuro da China", acrescentou.
O programa Stock Connect de Hong Kong permite que as empresas aproveitem a liquidez da China continental para financiamento mais fácil e crescimento de valor mais alto.
Mas, para se beneficiar disso, as empresas devem realizar a maior parte de suas transações anuais em Hong Kong.
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