Depois de oferecer apoio "pleno e unânime" ao processo de paz, os 15 membros do fórum da ONU encarregado de manter a paz e a segurança no mundo expressaram "preocupação com as persistentes ameaças, ataques e assassinatos" contra ex-membros das FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército Popular) que depuseram suas armas, assim como contra lideranças comunitárias e sociais, incluindo mulheres, indígenas e afro-colombianos.
Por isso, pede à Comissão Nacional de Garantias de Segurança que adote uma política pública para "desmantelar os grupos armados ilegais" e "(aumentar) a presença do Estado nas áreas afetadas pelo conflito".
Também ressaltam que "é importante enfrentar" os desafios pendentes da reforma rural e da integração e segurança dos ex-combatentes, acesso à terra e moradia, educação e emprego.
Pedem ao próximo governo do esquerdista e ex-guerrilheiro Gustavo Petro que garanta a "implementação integral" do Acordo de Paz, com especial ênfase nos aspectos étnicos e de gênero, e saúdam sua intenção de negociar a paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Finalmente, o Conselho de Segurança expressa seu compromisso de continuar trabalhando "de perto" com a Colômbia, cujo processo de paz "continua sendo um exemplo para o mundo resolver os conflitos armados por meio do diálogo".
Por meio da Missão de Verificação da ONU na Colômbia do cumprimento dos Acordos de Paz, assinados em 2016 pelo governo e pelas então Farc, o Conselho de Segurança examina trimestralmente o progresso na implementação desses acordos.
NAÇÕES UNIDAS