No ano fiscal de 2021 (entre 1º de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021), os empregadores da indústria da carne e laticínios solicitaram um total de 34.245 trabalhadores com vistos H-2A (agrícola) e H-2B (outro tipo), que cobrem empregos temporários ou sazonais.
O Departamento do Trabalho americano validou um total de 32.071 desses trabalhadores, dos quais mais de 93,8% trabalham na indústria da carne, geralmente cuidando de gado ou na manutenção de máquinas e instalações agrícolas.
Assim, de acordo com o relatório, "os trabalhadores imigrantes desempenham um papel vital na produção de alimentos" no país, aliviando a escassez de mão de obra e estabilizando os preços dos alimentos.
Os empregadores das indústrias da carne e laticínios contam com os programas de vistos H-2A e H-2B para preencher cargos, mas é "uma solução temporária ao fornecer trabalhadores estrangeiros sazonais" e "não atende às necessidades dessas indústrias não sazonais", explicou Andrew Lim, diretor de pesquisa da AIC, em comunicado.
Nos últimos três anos, o salário médio anunciado online para trabalhadores das indústrias da carne e laticínios aumentou 33,7%, de US$ 14,95 por hora para US$ 20.
As áreas metropolitanas que mais demandam trabalhadores desse tipo foram Houston, Omaha, San Antonio, Austin e Los Angeles.
Em todo o país, mais de 90.000 trabalhadores criam e cuidam de animais em fazendas, ranchos, currais e instalações de confinamento. Um em cada cinco deles, ou seja, 20%, nasceu no exterior.
Nos primeiros dias da pandemia, durante os quais os imigrantes latinos estavam na linha de frente, a proporção de trabalhadores de frigoríficos nascidos no exterior era de 45,4%, afirma o relatório.
De 2017 a 2021, o número de ofertas online para trabalhadores de frigoríficos aumentou 86,4%, acrescenta.
Para mitigar a escassez de mão de obra, os produtores de carne pediram ao governo do presidente Joe Biden para expandir o programa de vistos H-2B para que possam cobrir o ano inteiro.
Na indústria de laticínios, a presença de imigrantes também chama a atenção: é de quase um em cada cinco trabalhadores.
WASHINGTON