"Deixei uma carta ao presidente Biden sobre Assange [...] lhe explicando que Assange não cometeu nenhum crime grave. Ele não causou a morte de ninguém, não violou nenhum direito humano e exerceu sua liberdade", revelou o líder mexicano em sua coletiva de imprensa habitual.
No documento, López Obrador - que visitou Biden em Washington na semana passada - afirma que deter Assange "representaria uma afronta permanente à liberdade de expressão e à liberdade".
O chefe de Estado mexicano também reiterou sua oferta de oferecer "proteção e asilo" ao australiano de 50 anos.
López Obrador ressaltou que Biden ainda não respondeu à carta. "Tenho que ser respeitoso, tenho que esperar que ele analise [a carta] e se dê o devido tempo", acrescentou.
Assange pode ser condenado nos Estados Unidos a 175 anos de prisão por ter divulgado, em 2010, na plataforma WikiLeaks, mais de 700.000 documentos confidenciais sobre as atividades militares americanas, especialmente no Iraque e no Afeganistão.
A Justiça dos EUA o denunciou por "espionagem" em maio de 2019, em virtude de uma lei aprovada em 1917 para impedir a divulgação de informações confidenciais em tempos de guerra.
Assange foi detido pela polícia britânica em 2019 após refugiar-se durante sete anos na embaixada do Equador em Londres e, desde então, permanece detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, perto da capital britânica.
Em 17 de junho, o governo britânico anunciou que firmou o decreto para sua extradição aos Estados Unidos, uma decisão da qual Assange recorreu em 1º de julho.
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