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Estado de Minas LONDRES

Corrida por Downing Street tem início com oito candidatos para substituir Johnson


12/07/2022 17:30

Oito candidatos concorrerão para substituir o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que renunciou encurralado por uma série de escândalos, após receberem apoio suficiente para entrar na disputa, anunciou o Partido Conservador nesta terça-feira (12).

Como esperado, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, a ex-ministra da Defesa Penny Mordaunt, a chefe da diplomacia, Liz Truss, e o deputado Tom Tugendhat estão entre os candidatos, anunciou a Comissão 1922, grupo parlamentar conservador encarregado de definir as regras da eleição.

Também figuram na lista o novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, a Procuradora-geral do Estado, Suella Braverman, a ex-secretária de Estado para a Igualdade Kemi Badenoch e o ex-ministro da Saúde Jeremy Hunt.

Todos os candidatos receberam o apoio de 20 de seus companheiros, o limite mínimo para disputar a liderança do Partido Conservador e, consequentemente, Downing Street, já que o partido é maioria na Câmara dos Comuns.

Johnson renunciou na semana passada, com uma gestão marcada por uma série de escândalos e após uma onda de demissões em seu governo. No entanto, permanecerá no cargo até a eleição de seu sucessor, em 5 de setembro.

A partir de quarta-feira, os oito candidatos devem conseguir o apoio de 30 deputados se quiserem ir ao primeiro turno.

Estão previstas duas rodadas de votação: na quarta e na quinta (e, se necessário, na segunda), deixando dois candidatos na disputa final pelo cargo. A última votação será aberta apenas aos membros do partido.

Poucas horas antes do anúncio, ainda havia onze candidatos para suceder Johnson, mas três deles desistiram. Entre eles estava o ex-ministro da Saúde Sajid Javid. A ministra do Interior, Priti Patel, retirou sua candidatura.

As casas de apostas situam Rishi Sunak e Penny Mordaunt como os dois principais favoritos, seguidos de Liz Truss.

- Corte de impostos -

Durante o início de sua campanha na terça-feira, Sunak evitou criticar e "demonizar" Johnson, seu ex-chefe, quem ele diz considerar "uma das pessoas mais extraordinárias" que já conheceu.

O político conservador, de 42 anos, renunciou na semana passada em protesto contra o governo Johnson.

Sua saída, coordenada com a de outro ministro, causou uma onda de demissões que terminou com a renúncia do primeiro-ministro. Sunak virou alvo de ataques virulentos dos apoiadores de Johnson, que o acusam de ter provocado sua queda.

Por enquanto, a campanha se limitou a alguns vídeos eloquentes, polêmicas e promessas vagas. A maioria dos candidatos garante que aplicará um corte de impostos, sem dar detalhes de como pretendem financiar suas medidas.

Zahawi, de 55 anos, acredita que há uma campanha para "sujá-lo", após a imprensa revelar que houve uma investigação fiscal contra ele. O ministro prometeu publicar sua declaração de imposto de renda todos os anos se for eleito primeiro-ministro.

Sunak foi, por sua vez, mais cauteloso que seus rivais quanto um corte de impostos em um contexto de forte inflação. "É uma questão de 'quando', não de 'se'" serão realizadas, afirma.

Durante o período à frente do Ministério da Economia, Sunak foi criticado por não ter feito o suficiente para evitar o aumento do custo de vida.

- Moção de censura -

O nome do futuro primeiro-ministro será conhecido em 5 de setembro, após votação dos filiados ao Partido Conservador.

Mas para o opositor Partido Trabalhista a data está longe demais. Na terça-feira, apresentou uma moção de censura no Parlamento, a qual deverá ser votada amanhã, segundo fontes do partido.

O Governo, no entanto, recusou-se a dar tempo para debater a iniciativa no Parlamento, o que para os trabalhistas é um "grave abuso de poder".

"Dado que o primeiro-ministro já renunciou e um processo está em andamento [para substituí-lo], não achamos que este seja um uso útil do tempo parlamentar", disse Downing Street.

Há pouca esperança de que essa moção ganhe o apoio dos "Tories", já que, se aprovada, poderia levar à realização de eleições gerais. E, nelas, os conservadores correm o risco de perder a maioria alcançada em 2019 com a popularidade de Johnson.


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