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Estado de Minas KRAMATORSK

Ucrânia alerta para nova ofensiva russa no leste


11/07/2022 17:34

A Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (11) que as forças russas preparam uma ofensiva em grande escala na região leste do país, onde novos bombardeios deixaram seis mortos em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana.

"Há indícios de que as unidades inimigas planejam intensificar as operações de combate em direção a Kramatorsk e Bakhmut", indicou o Estado-Maior, referindo-se às duas cidades ainda sob controle ucraniano.

O exército russo, que no início do mês anunciou a tomada da região de Lugansk, agora busca conquistar Donetsk, o que lhe permitiria controlar toda a bacia de mineração do Donbass após mais de quatro meses de guerra.

Ao mesmo tempo, Moscou continua bombardeando Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana e localizada no nordeste do país.

O governador regional da cidade, Oleg Synyegubov, disse que os ataques russos tiveram como alvos "edifícios civis - um centro comercial e condomínios residenciais".

De acordo com a promotoria regional, "31 pessoas ficaram feridas, incluindo duas crianças de quatro e 16 anos. Seis civis, incluindo um jovem de 17 anos e seu pai, foram mortos".

Na cidade de Chasiv Yar, na região de Donetsk, o balanço de mortos por um bombardeio no fim de semana contra um complexo residencial subiu para 31, informou o serviço ucraniano de situações de emergência.

Nesta segunda-feira, jornalistas da AFP testemunharam dezenas de socorristas trabalhando nas ruínas do edifício atingido.

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou por sua vez que "mais de 300" combatentes ucranianos morreram em um bombardeio perto de Chasiv Yar, sem informar a data em que o ataque teria acontecido.

- "Nenhum lugar é seguro" -

O exército ucraniano relatou fortes bombardeios no leste do país e uma pausa nos ataques terrestres russos.

"O inimigo em nossa área de operações permanece atrás das linhas de defesa, não avança por terra, não tem possibilidades ou capacidades para criar novos grupos de ataque", disse o Comando Operacional Sul.

"As vantagens quantitativas do exército russo são compensadas pela precisão dos mísseis e artilharia à disposição da Ucrânia", disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.

Danilov completou que as armas ocidentais entregues ao exército ucraniano já estavam "mudando o rumo da guerra".

Nesse contexto, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que viajou à Ucrânia, enfatizou a necessidade de seguir apoiando o leste do país numa guerra que pode "durar mais tempo do que previsto".

Rutte visitou Bucha, Irpin e Borodianka, três cidades nos arredores de Kiev que foram ocupadas por tropas russas pouco depois do início da invasão, em 24 de fevereiro.

- Nacionalidade russa -

Nesta segunda-feira, a Rússia anunciou que facilitará o acesso à nacionalidade russa a todos os ucranianos, ampliando uma medida que até o momento se aplicava somente aos territórios da Ucrânia ocupados por suas forças, segundo um decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin.

"O Ministério das Relações Exteriores condena energicamente o decreto do presidente da Federação da Rússia", reagiu a chancelaria ucraniana em comunicado.

O decreto "é inútil e só mostra o apetite agressivo de Putin", criticou o ministro das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, citado no documento.

Em Kharkiv, um responsável pelas autoridades de ocupação russas morreu em Veliki Burluk vítima de um ataque, informou a agência estatal TASS nesta segunda-feira.

Segundo a mesma fonte, o "ato terrorista" foi cometido por sabotadores ucranianos infiltrados atrás das linhas russas. A data do ataque não foi divulgada.

Esse tipo de ataque está se tornando frequente nas áreas ucranianas controladas por Moscou, como Kherson ou parte de Zaporizhia, no sul da Ucrânia.

- Preocupação com o gás -

No Europa, no entanto, os temores estão relacionados com o fornecimento de gás.

O grupo russo Gazprom iniciou nesta segunda-feira as obras de manutenção no gasoduto Nord Stream 1, que transporta grande parte do gás que ainda fornece para a Alemanha e outros países do oeste da Europa.

Como forma de advertência, a Gazprom reduziu nesta segunda-feira o fornecimento de gás para Itália e Áustria, sem informar se a decisão está diretamente relacionada às obras no Nord Stream 1.

"Há vários cenários em que poderíamos entrar em uma situação de emergência", alertou o presidente da Agência Federal de Redes da Alemanha, Klaus Müller, em entrevista ao canal ZDF.

A Rússia, alegando um problema técnico, reduziu nas últimas semanas 60% do fornecimento de gás através do Nord Stream, uma decisão denunciada como "política" por Berlim.


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