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Estado de Minas MINA

Grande peregrinação à Meca se aproxima do fim


09/07/2022 10:47

Fiéis que participam na peregrinação à Meca iniciaram neste sábado o ritual de apedrejamento de satanás, no primeiro dia do Eid al-Ada, a festa do sacrifício que marca o fim do maior hajj desde o início da pandemia de covid-19

Desde o amanhecer, pequenos grupos de peregrinos chegaram ao vale de Mina, perto de Meca, a cidade mais sagrada do islã, no oeste da Arábia Saudita, para atirar pedras contra as pilastras que simbolizam o diabo.

As pedras foram recolhidas na sexta-feira na planície de Muzdalifa, onde os fiéis passaram a noite sob as estrelas após um dia de oração e meditação no Monte Arafat.

O apedrejamento de satanás é a etapa final da grande peregrinação que reuniu este ano um milhão de muçulmanos, incluindo 780.000 estrangeiros, após dois anos de restrições drásticas provocadas pela covid-19.

O ritual terminou em tragédia em 2015, com um tumulto que deixou quase 2.300 mortos.

O hajj, que consiste em uma série de rituais ao longo de cinco dias em Meca, é um dos cinco pilares do islã e deve ser cumprido por todos os muçulmanos que têm condições pelo menos uma vez.

Em 2019, a peregrinação recebeu 2,5 milhões de muçulmanos de todo o mundo, mas o número caiu para apenas alguns milhares em 2020 e para 60.000 em 2021, todos cidadãos ou residentes da Arábia Saudita, como consequência da pandemia de coronavírus.

Receber a peregrinação é uma questão de prestígio e fonte de legitimidade política para os governantes sauditas, responsáveis pela segurança dos locais mais sagrados do islã.

- Covid-19 e calor -

No Twitter, o rei Salman da Arábia Saudita afirmou que estava felz por ver tantos fiéis em Meca. "Estamos orgulhosos da honra de servir os peregrinos e desejamos a todos muçulmanos uma feliz festa de Eid Al Ada", declarou.

Após o ritual de apedrejamento, os peregrinos devem retornar à Grande Mesquita de Meca para o último "tawaf", quando caminham ao redor da Kaaba, uma estrutura cúbica que é o ponto focal do islã.

O Eid al-Ada, que começa neste sábado, marca o fim do hajj.

Na data, os muçulmanos de todo o mundo compram animais para o sacrifício e recordar a disposição de Abraão de sacrificar o filho em um teste de obediência a Alá.

Na sexta-feira, os muçulmanos rezaram no Monte Arafat, o ponto alto da peregrinação anual.

Grupos de fiéis, muitos deles com guarda-chuvas para evitar o sol escaldante, recitaram versículos do Alcorão na montanha onde acredita-se que o profeta Maomé fez seu último sermão.

Após o pôr do sol, os fiéis caminharam a curta distância até Muzdalifah, onde passaram a noite sob as estrelas antes do ritual de apedrejamento.

Os participantes ignoraram os temores de propagação da covid-19 e muitos permaneceram sem máscara, apesar do anúncio das autoridades sauditas de que o uso seria obrigatório.

O hajj aconteceu em um momento de alta dos contágios na região. Alguns países do Golfo adotaram restrições mais severas para impedir a propagação do vírus.

Todos os peregrinos foram obrigados a apresentar comprovantes de vacinação e teste PCR negativos para participar no hajj.

Desde o início da pandemia, a Arábia Saudita registrou mais de 795.000 casos de covid-19, incluindo 9.000 mortes.

O hajj, cuja data é determinada pelo calendário islâmico lunar, pode ser fisicamente exaustivo: este ano os fiéis enfrentaram temperaturas de até 44 ºC.


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