No fechamento, o Dow Jones perdeu 0,14% a 31.338,15 pontos, o tecnológico Nasdaq subiu 0,12% a 11.635,30 unidades, e o S&P; 500 recuou 0,08% a 3.899,37.
Os Estados Unidos criaram muitos mais empregos do que o esperado em junho e os salários subiram, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta, uma boa notícia para o mercado de trabalho, que por outro lado alimenta os temores de mais inflação e - na praça financeira - de aumentos de taxas de juros por parte do banco central.
Os Estados Unidos geraram 372.000 novos cargos no mês, muitos mais do que os 250.000 esperados pelos analistas, informou o Departamento de Trabalho.
O salário médio por hora aumentou 10 centavos, ou 0,3%, a 32,08 dólares, e 5,1% nos últimos 12 meses, segundo o informe.
Os dados dão um pouco de alívio ao Federal Reserve (Fed, banco central americano), que declarou guerra a uma inflação que se situa em seu maior nível em 40 anos, com um acumulado de 8,6% em 12 meses. O Fed adotou aumentos importantes nas taxas de juros para tentar esfriar a demanda.
A economia gerou 2,74 milhões de empregos no primeiro semestre do ano, mais do que a maioria dos anos inteiros desde 2000.
A taxa de desemprego se mantém, no entanto, estável em 3,6%, perto do historicamente baixo 3,5% de fevereiro de 2020, antes do início da pandemia.
"Em seu conjunto, os dados sobre emprego confirmam nosso ponto de vista, segundo o qual falar de uma economia em recessão neste momento não é realista", comentou Ian Shepherdson, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics.
Ponto forte do informe para o mercado, a alta dos salários estabilizou-se em 0,3% em um mês, "o que mostra que a inflação se encontra estável" desse lado, comentou à AFP Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.
"Estes dados sobre os salários sugerem que a pressão inflacionária diminui", acrescentou Shepherdson.
NOVA YORK