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Estado de Minas MADRI

Três ex-dirigentes do ETA são investigados por assassinato de político em 1997


08/07/2022 14:45

Um juiz espanhol citou três ex-dirigentes do ETA como suspeitos na participação do sequestro e assassinato de um jovem político local no ano de 1997. O caso teve grande comoção na Espanha, segundo documentos judiciais desta sexta-feira (8).

O juiz Manuel García Castellón citou José Javier Arizcuren, Miguel Albisu e María Soledad Iparraguirre como investigados "por crimes de sequestro e assassinato terrorista" na morte de Miguel Ángel Blanco, de acordo com o comunicado emitido pelo Judiciário.

Os três formavam a direção da extinta organização separatista basca há 25 anos quando, no dia 10 de julho de 1997, seus membros sequestraram Blanco, vereador do Partido Popular (PP), na cidade basca de Ermua.

O ETA deu ao governo 48 horas para cumprir com as exigências feitas, e, ao vencer o prazo, abandonaram o político de 29 anos com um tiro na cabeça, resultando em seu falecimento no dia seguinte.

Seu assassinato chocou e provocou manifestações em massa na Espanha, incluindo no País Basco, que acabaram sendo um ponto de virada na luta contra o ETA.

Os três suspeitos formavam parte do comitê executivo que "planejou e executou" a estratégia e no ano de 1997 decidiram sequestrar um membro do PP, que acabara de recuperar o poder central da mão dos socialistas.

Naquele ano, segundo o auto, "o sequestro de um vereador do Partido Popular era uma prioridade absoluta para a 'Direção' do ETA, ação que deveria ser feita precisamente no verão e o mais rápido possível".

Os três suspeitos "possuíam capacidades suficientes de comando e decisão sobre o ato terrorista da organização, tanto que poderiam tomar a decisão de não sequestrar a vítima, bem como evitar o resultado final", segundo o comunicado.

Os três suspeitos possuem cerca de 60 anos atualmente e passaram longos anos na cadeia, condenados pelos assassinatos cometidos enquanto faziam parte da ETA.

Calcula-se a morte de 853 pessoas pelo ETA durante sua campanha de décadas pela independência do País Basco, que começou em 1995 sob a ditadura de Francisco Franco.

O grupo anunciou um cessar-fogo permanente em 2011 e se desfez formalmente em 2018.


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