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Estado de Minas BRUXELAS

UE espera que saída de Johnson permita um diálogo renovado sobre a Irlanda do Norte


07/07/2022 15:49

A União Europeia (UE) espera que a saída do primeiro-ministro britânico Boris Johnson seja uma oportunidade para renovar o diálogo com Londres sobre a Irlanda do Norte, marcada por tensões desde o Brexit.

"As relações entre a UE e o Reino Unido sofreram muito com a escolha de Johnson sobre o Brexit. As coisas só podem melhorar", tuitou o deputado belga Guy Verhofstadt, um federalista convicto e ex-coordenador do Brexit no Parlamento Europeu.

Para o ex-negociador da UE para o Brexit, Michel Barnier, a saída de Boris Johnson "abre uma nova página nas relações com o Reino Unido".

Uma relação "mais construtiva, mais respeitosa dos compromissos assumidos, entre outros em matéria de paz e estabilidade na Irlanda do Norte, e mais amigável com os parceiros da União Europeia, porque ainda há muito a fazer em conjunto", disse .

A Comissão Europeia não comentou o anúncio de Johnson, que renunciou à liderança do Partido Conservador nesta quinta-feira, o que resultará em sua saída do cargo de primeiro-ministro quando seu partido indicar seu sucessor.

O Executivo da UE prefere ser cauteloso, esperando que seu sucessor seja anunciado.

Os "eventos políticos" não mudam a vontade de "buscar soluções" para a disputa sobre os acordos alfandegários pós-Brexit na Irlanda do Norte, destacou.

Johnson chegou ao poder em meados de 2019 após uma vitória esmagadora e liderou a saída do Reino Unido da União Europeia.

Sob sua liderança, Londres quebrou unilateralmente o Protocolo da Irlanda do Norte, o que a União Europeia considera ilegal.

O texto foi assinado e ratificado por ambas as partes para responder à delicada questão da fronteira entre a Irlanda do Norte, região do Reino Unido, e a República da Irlanda, país membro da UE.

O objetivo é proteger a integridade do mercado único europeu e evitar o ressurgimento de uma fronteira terrestre que ameace a frágil paz imposta pelo acordo da Sexta-feira Santa de 1998.

Um dos candidatos a sucedê-lo é a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, "muito ofensiva com o protocolo", disse Elvire Fabry, do Instituto Jacques Delors.

"O estilo será diferente, mais previsível", mas "o mesmo partido continua no poder. Não há divergência na linha a seguir na relação com a UE", alertou um diplomata europeu.


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