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Estado de Minas TIWANAKU

Bolívia celebra Ano Novo indígena com oferendas à 'pachamama'


22/06/2022 11:59

Os primeiros raios do "tata-inti" (pai-sol) brilhavam na madrugada de terça-feira (22) no complexo religioso pré-inca de Tiwanaku enquanto milhares de bolivianos levantavam as mãos para celebrar o início do ano novo indígena 5.530.

A data é feriado nacional e os visitantes buscam as boas energias do astro rei que nasce lentamente ao leste do sítio arqueológico a 75 km de La Paz e 3.860 metros acima do nível do mar.

O governo do presidente de esquerda Luis Arce e as autoridades municipais prepararam uma festa que em aymara se chama "willka kuti" (o retorno do sol), o momento em que a Terra está mais longe do astro e reinicia a aproximação anual.

O cálculo do ano 5.530 resulta da soma dos cinco ciclos, cada um de mil anos, de história dos povos originários até que Cristóvão Colombo chegou à América em 1492. A eles são acrescentados os 530 anos desde a chegada dos espanhóis ao continente.

- Energia positiva -

"É lindo receber toda essa energia positiva do sol para seguir em frente", disse à AFP Eneida Loayza, de 56 anos.

A poucos passos, Edgar Ledezma fechava os olhos e em seguida passava as mãos por seu corpo e rosto. "É preciso limpar todas as energias negativas e os rais de sol fazem isso", afirma.

A celebração havia começado ainda mais cedo, quando ainda estava escuro. Xamãs aymaras acenderam uma grande fogueira para colocar as oferendas à "pachamama" (mãe-terra), a quem também fizeram pedidos por uma boa safra no início do ano agrícola.

À "pachamama" foram oferecidos incensos, doces, raízes e frutas. Os presentes foram consumidos pelo fogo.

O presidente boliviano Luis Arce e seu aliado político, o ex-presidente Evo Morales (2006-2019), participaram da celebração em Tiwanaku, que fica próximo ao binacional Lago Titicaca.

A localidade é berço de uma das culturas mais antigas do mundo que se estendeu por 15 séculos, desde 400 a.C. a 1172 d.C.

Segundo o Ministério da Cultura, as celebrações para receber o ano novo indígena se repetiram em mais de 220 locais religiosos e arqueológicos de todo o país.


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