"Somos aliados porque temos princípios e objetivos comuns, porque compartilhamos a democracia e porque compartilhamos também a segurança e ordem como valores democráticos", declarou Duque à imprensa durante uma visita em Washington.
"Então temos sempre que estar otimistas de que esse relacionamento permaneça nesse nível", acrescentou.
O presidente colombiano enfatizou que o vínculo bilateral, que completa dois séculos neste mês, tem sido "bipartidário" nos últimos 20 anos, pois se manteve independentemente da Casa Branca ou o Congresso estarem nas mãos de democratas ou republicanos.
"Esperamos que essa linha se mantenha", afirmou.
Duque, que viajou a Washington para as comemorações do bicentenário dos laços entre Estados Unidos e Colômbia, foi questionado sobre o futuro dessa aliança após a mudança provocada pela vitória de dois candidatos anti-sistema no primeiro turno das eleições presidenciais em seu país, em 29 de maio.
O ex-guerrilheiro Gustavo Petro e o empresário Rodolfo Hernández vão se enfrentar no segundo turno, em 19 de junho, sem os tradicionais partidos Conservador e Liberal na disputa.
Impedido por lei de concorrer à reeleição, Duque, afilhado político do ex-presidente de direita Álvaro Uribe, deixará o cargo em 7 de agosto após quatro anos no poder.
"As relações entre a Colômbia e os Estados Unidos estão no mais alto nível", disse o governo Duque em um comunicado nesta quinta-feira, enfatizando que o presidente colombiano foi recebido em março passado na Casa Branca por seu homólogo americano, Joe Biden.
Em seguida, Biden anunciou a declaração da Colômbia como um aliado estratégico extra-Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) dos Estados Unidos, o que lhe confere vantagens em questões financeiras, de segurança e cooperação.
WASHINGTON