"Até o momento, são quatro pessoas detidas", informou o subchefe de polícia do departamento andino de Potosí (sudeste), Carlos Alberto Oblitas, em entrevista coletiva.
Dois deles foram os primeiros capturados, ainda na noite de segunda-feira.
Os quatro dirigentes estudantis da Universidade Tomás Frías foram apresentados à imprensa pelo chefe policial, que acrescentou que eles já foram colocados à disposição do Ministério Público.
Um deles, de 25 anos, "seria o autor e responsável material e intelectual do ocorrido", segundo o chefe policial.
Todos estão relacionados com a convocação da assembleia estudantil para eleger novos dirigentes. Contudo, se o andamento da reunião não se desenvolvesse conforme eles esperavam, então seria preciso ver uma maneira de suspender a votação.
Após o lançamento da bomba de gás, os estudantes tentaram sair do ginásio poliesportivo fechado, o que causou uma debandada que deixou quatro mortos e 85 feridos.
O vice-ministro de Governo da Bolívia, Roberto Ríos, disse que as investigações continuam para estabelecer se existem mais responsáveis.
Por sua vez, o reitor da Universidade Tomás Frías, Pedro López, afirmou que "houve um ato criminoso".
A promotoria ainda não detalhou quais serão as acusações contra os envolvidos, mas adiantou que uma delas seria de "homicídio culposo", com uma pena que vai de seis meses a três anos de prisão, de acordo com o Código Penal boliviano.
LA PAZ