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Estado de Minas BOGOTÁ

Petro suspende viagem na Colômbia por suspeita de complô para assassiná-lo


02/05/2022 23:19

O senador opositor e candidato da esquerda à Presidência da Colômbia, Gustavo Petro, favorito às eleições presidenciais de maio, suspendeu uma viagem à região cafeeira do país devido à suspeita de um complô de atentado contra sua vida, denunciou nesta terça-feira (2) sua equipe de campanha em um comunicado.

Petro, de 62 anos, líder das intenções de voto às eleições de 29 de maio, segundo várias pesquisas de opinião, tinha previsto visitar o eixo cafeeiro, no centro-oeste do país, na quarta e na quinta-feira, como parte de sua agenda de campanha.

No entanto, seu esquema de "segurança recebeu informação de primeira mão de fontes na região", segundo a qual "o grupo criminoso La Cordillera estaria planejando atentar contra a vida do candidato", destacou sua equipe de campanha.

O Ministério Público anunciou a abertura de uma "investigação para esclarecer o ocorrido".

De acordo com o comitê de campanha do senador, La Cordillera é uma organização paramilitar "dedicada ao narcotráfico e à pistolagem", de acordo com a declaração pública.

Ele mencionou, inclusive, que alguns militares e policiais operam com o grupo e que "fontes de alta credibilidade" disseram-lhe que um efetivo policial faria parte do "plano criminoso" contra Petro.

Diante da ameaça, o comitê de "campanha preferiu manter prudência" e adiar as atividades na região cafeeira, informaram seus assessores de imprensa.

- Contrapostos -

Petro, um ex-guerrilheiro que combateu o Estado colombiano antes de assinar a paz em 1990, manifestou em várias ocasiões preocupação com sua segurança.

"Antes que eu governe vão tentar impedi-lo. Isso vai da destruição moral à destruição física", disse o candidato em uma entrevista recente com a jornalista Maria Jimena Durán no Spotify.

Acompanhado de um forte dispositivo de segurança, o candidato da coalizão de esquerda Pacto Histórico, realiza uma intensa campanha nas redes sociais e em praça pública com vários comícios ao dia.

Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa, Diego Molano, insistiu que, por instruções do presidente Iván Duque, as autoridades mobilizarão "capacidades máximas" para garantir a "segurança de todos os candidatos presidenciais em todos os rincões do país".

As pesquisas de opinião o dão como o vencedor do pleito, embora não apontem que ele vá obter mais de 50% dos votos de que precisa para evitar ir para o segundo turno em 19 de junho.

Se vencer, será a primeira vez que os colombianos elegerão um esquerdista à Presidência após uma longa tradição de governos liberais e conservadores.

Se for ao segundo turno, Petro enfrentaria o ex-prefeito de Medellín Federico Gutiérrez, segundo nas intenções de voto e que foi indicado por uma aliança de partidos de direita. O presidente Iván Duque, que encerra seu mandato de quatro anos afundado em impopularidade, está impedido constitucionalmente de tentar a reeleição.

A um mês do pleito, a polarização aumenta.

Petro propõe um governo de reformas, com aumento de impostos para os mais riscos, o fortalecimento do Estado e a suspensão de novas iniciativas petroleiras, enquanto Gutiérrez propõe prosseguir com um modelo que privilegia a iniciativa privada e a mão dura contra a violência.


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