Uma ampla gama de especialistas da ONU solicitou sem sucesso o acesso à prisão, localizada em território cubano, desde que começou a receber prisioneiros acusados de terrorismo em 2002.
Fionnuala Ni Aolain, a principal especialista da ONU em proteção dos direitos humanos na luta contra o terrorismo, disse ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra nesta terça-feira que recebeu um convite de Washington.
"Tenho o prazer de informar nesta sessão do Conselho que o governo dos Estados Unidos emitiu um convite preliminar para realizar uma visita técnica à estação naval dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo (Cuba)", disse.
Ressaltou que a situação dos prisioneiros que permanecem na prisão "supõe uma violação contínua do direito internacional".
A prisão de Guantánamo, que já abrigou cerca de 800 pessoas capturadas em todo o mundo, hoje abriga 38 homens, alguns deles há duas décadas.
Ela observou que o relator especial da ONU sobre tortura "determinou que as condições atuais em Guantánamo constituem circunstâncias que chegam ao limiar da tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos e degradantes sob o direito internacional".
GENEBRA