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Estado de Minas PARIS

Comboios de manifestantes antivacina chegam a Paris em meio a reforço policial


12/02/2022 12:26

Os opositores do certificado de vacinação começaram a chegar a Paris no sábado (12), depois que milhares de pessoas acamparam durante a noite nos portões da cidade, onde a polícia está amplamente mobilizada para impedi-los de bloquear a capital francesa.

Esta mobilização reúne opositores da gestão anticovid do presidente francês, Emmanuel Macron, e os "coletes amarelos". Ela é inspirada no protesto que paralisa Ottawa, a capital do Canadá, contra as regras de vacinação pela pandemia.

Carros e caminhões saindo de Lille (norte), Estrasburgo (leste) ou Châteaubourg (oeste) iniciaram sua jornada para chegar a Paris na sexta-feira e passaram a noite acampando perto da cidade.

Centenas de veículos conseguiram entrar no anel viário de Paris na manhã de sábado, onde a polícia começou a multar pessoas por participar de uma manifestação não autorizada, informou a prefeitura de polícia.

Cerca de 7.200 policiais e gendarmes foram destacados, segundo as autoridades.

Veículos blindados da gendarmaria também foram mobilizados nas ruas parisienses, algo que não acontecia desde as manifestações dos "coletes amarelos", no final de 2018.

O primeiro-ministro, Jean Castex, prometeu ser inflexível sobre esse movimento. "Se bloqueiam a circulação ou tentam bloquear a capital, temos que ser muito firmes", insistiu em uma aparição na rede de televisão France 2.

Na manhã de sábado, alguns veículos e caminhões pertencentes aos manifestantes circulavam calmamente na avenida Champs Elysées, confirmou um jornalista da AFP.

"O momento é importante, é algo pacífico. Não viemos aqui para quebrar nada", disse um manifestante de 40 anos, que falou sob condição de anonimato, a um jornalista da AFP em um comício em Fontainebleau, a cerca de 70 quilômetros de Paris.

Este artesão independente veio de uma cidade perto de Roanne, no centro da França, acompanhado de sua parceira, uma oculista que está desempregada devido à sua oposição à vacinação.

O casal quer denunciar as restrições sanitárias, mas também protestar contra o "baixo poder aquisitivo".

- Macron pede calma -

Macron fez um apelo à calma e admitiu que há um cansaço coletivo devido à situação que se arrasta há dois anos.

"Esse cansaço se expressa de diferentes maneiras: desespero em alguns, depressão em outros. Vemos um sofrimento mental muito forte, em jovens e não tão jovens. E às vezes esse cansaço se traduz em raiva. Eu entendo e respeito", disse Macron em uma entrevista ao jornal Ouest-France.

"Mas peço mais calma", acrescentou.

As autoridades esperam que em toda a França, entre 25.000 e 30.000 pessoas se manifestem, número semelhante às mobilizações de outras semanas.

A proibição dos comboios foi ratificada nesta sexta-feira pela justiça, que rejeitou dois recursos.

Castex afirmou que o direito de manifestação é "um direito garantido constitucionalmente", mas negou que estivesse "bloqueando outros e impedindo-os de ir e vir".

Dois meses antes das eleições presidenciais na França, manifestantes exigem a retirada do certificado de vacina, que só permite a entrada de pessoas imunizadas em restaurantes, cinemas e outros locais e que o governo diz querer abolir até abril.


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