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Estado de Minas NOVA DÉLHI

Yogi Adityanath, sacerdote e político hindu, potencial sucessor de Modi


08/02/2022 11:39

O sacerdote hindu Yogi Adityanath, famoso por suas polêmica declarações antimuçulmanas, lidera o partido nacionalista hindu Bharatiya Janata Party (BJP) nas eleições regionais de quinta-feira em Uttar Pradesh, o estado mais populoso da Índia, o que pode colocá-lo, em caso de vitória, em posição de sucessor o primeiro-ministro Narendra Modi.

Yogi Adityanath, de 49 anos, cabeça raspada e sempre vestido com a túnica cor de açafrão, foi nomeado em 2017 para dirigir o executivo de Uttar Pradesh, um estado do norte da Índia de mais de 200 milhões de habitantes.

Seus discursos incendiários e sua imagem de líder implacável aumentaram sua popularidade além das fronteiras de seu estado.

Na disputa por um segundo mandato, o protegido de Modi, 20 anos mais jovem, inflama os eleitores hindus, falando sobre sua religião e exortando-os a votar no BJP, enquanto ignora os muçulmanos, que representam um quinto da população do estado.

"Quando ele denigre os muçulmanos, ganha atenção e audiência", comenta à AFP a jornalista política Sunita Aron.

Recentemente, ele aludiu à batalha "entre o 80% e o 20%", referindo-se à população de hindus contra muçulmanos em Uttar Pradesh.

Apesar da necessidade de distanciamento físico devido à pandemia, as pessoas se reúnem em seus comícios políticos para aplaudir o asceta e exulta sempre que ele critica os muçulmanos.

"São adoradores de Jinnah", tuitou no mês passado, referindo-se a Mohamad Ali-Jinnah, fundador do Paquistão, vizinho da Índia e inimigo histórico. Os muçulmanos "amam o Paquistão enquanto nós nos sacrificamos por Maa Bharati (Mãe Índia)".

- Milícia e vacas sagradas -

Nascido sob o nome de Ajay Singh Bisht, em 5 de junho de 1972, Yogi Adityanath vem de uma família modesta, que teve sete filhos e cujo pai era guarda florestal.

Depois de completar seus estudos, tornou-se sacerdote no templo supremacista hindu de Gorakhnath, enquanto iniciava sua carreira política.

Ele foi eleito pela primeira vez para o parlamento aos 26 anos e fundou uma milícia chamada Hindu Yuva Vahini.

Alguns de seus membros atacam regularmente os muçulmanos, acusando-os de matar vacas ou seduzir mulheres hindus para convertê-las ao islamismo.

Na Índia, matar vacas, animal considerado sagrado para a maioria dos hindus, é proibido em muitos estados indianos, incluindo Uttar Pradesh.

Yogi Adityanath também está implicado em vários casos criminais em vários tribunais. Em 2007, ele passou 11 dias na prisão por organizar confrontos entre comunidades.

"Para cada hindu morto (por um muçulmano), mataremos 100 muçulmanos", havia prometido. Mas nada afeta sua reputação ou diminui sua popularidade.

Tornou-se reverendo de seu templo em 2014 e assumiu a chefia de Uttar Pradesh três anos depois. Ele imediatamente anunciou medidas contra os muçulmanos, limitando as atividades em matadouros e chamados à oração por alto-falantes.

Segundo a imprensa indiana, mais de 100 supostos criminosos, principalmente muçulmanos, foram vítimas de execuções extrajudiciais cometidas pela polícia de Uttar Pradesh sob sua administração, o que Yogi Adityanath nega.

Dentro do BJP, ele é citado como um potencial sucessor de Modi, uma perspectiva que uma vitória nas eleições do início de março - após sete rodadas de votação - poderia confirmar.

De acordo com as pesquisas, o BJP obteria 43% dos votos, claramente à frente do partido socialista Samajwadi, o suficiente para obter a maioria absoluta.


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