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Estado de Minas HAIA

Zona rebelde da Síria foi atacada com cloro em 2016, afirma Opaq


01/02/2022 15:47

Em um ataque realizado em 2016 contra uma região síria controlada pelos rebeldes foi utilizado cloro, denuncia um relatório da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) publicado nesta terça-feira (1º).

O ataque remonta a 1º de outubro de 2016. Ocorreu perto de um hospital de campanha nos arredores da cidade de Kafar Zita, na província de Hama, no noroeste da Síria, e causou problemas respiratórios em dezenas de pessoas, segundo a Opaq.

De acordo com a organização, várias testemunhas viram pelo menos um objeto caindo de um helicóptero que sobrevoava o local, e os investigadores da Opaq tiveram acesso a um cilindro industrial de cloro que foi encontrado lá.

Com base em evidências digitais e entrevistas com testemunhas, os investigadores da Opaq puderam "relacionar com certeza" o cilindro com o ataque de outubro de 2016.

"A investigação concluiu que existem motivos razoáveis para acreditar que esse cilindro industrial de cloro havia sido utilizado como arma", assinalou a Opaq em comunicado.

Segundo a organização sediada em Haia, na Holanda, várias testemunhas disseram ter visto um helicóptero decolando do aeroporto de Hama - controlado por forças leais ao regime de Bashar al Assad - pouco antes do ataque contra uma zona agrícola onde grupos de rebeldes haviam se refugiado.

"Pouco depois, o helicóptero lançou dois barris, segundo várias testemunhas, enquanto diversas outras afirmaram que apenas viram um barril", diz o relatório da Opaq.

Depois do ataque, "cerca de 20 pessoas sofreram de asfixia e problemas respiratórios", acrescenta o texto, que indica que o cilindro teria liberado "uma substância tóxica irritante".

No conflito que arrasa a Síria desde 2011, tanto os rebeldes como as forças leais a Assad foram acusadas de cometer ataques químicos, mas a maioria dessas acusações recaem sobre as tropas ligadas ao presidente sírio.

O governo sírio sempre negou a utilização de armas químicas e garante que colocou todas as suas reservas deste tipo de armamento sob supervisão internacional, depois de um acordo firmado em 2013 com a Opaq.

Não obstante, a organização exigiu à Síria mais transparência durante uma reunião em novembro de 2021, na qual acusou o regime de não ter declarado suas reservas de armas químicas e de não ter recebido os investigadores da Opaq em seu território.


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