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Estado de Minas PRAGA

Uma rádio dos EUA tenta romper 'muro de propaganda' da Rússia


29/01/2022 12:00

A emissora americana Radio Free Liberty com sede em Praga, na República Tcheca, faz o possível para romper "o muro de propaganda russa", no momento em que Moscou movimenta tropas na fronteira com a Ucrânia.

A rádio, financiada pelo Congresso dos Estados Unidos, foi criada em 1950 para fazer transmissões de conteúdo contrário ao bloco comunista e contribuiu, quatro décadas depois, para a queda dos regimes totalitários nas regiões central e leste da Europa.

Atualmente, transmite conteúdo em 27 idiomas - incluídos o russo, o bielorrusso e o ucraniano - em 23 países, em muitos dos quais existem restrições duras à liberdade de imprensa.

Na Ucrânia, a emissora tem mais de 200 jornalistas e exerce um papel muito importante na cobertura das tensões na fronteira com a Rússia, explica à AFP Kiryl Sukhotski, diretor regional para a Europa e chefe da produção televisiva.

"Nosso papel é fornecer informação objetiva e imparcial ao nosso público dos dois lados do conflito", garante. "Somos uma mídia substituta e não tomamos partido". "Atravessamos o muro de propaganda russa", insiste.

A que visa uma audiência de 37 milhões de pessoas, aumentou suas atividades na região depois da anexação da Crimeia por parte da Rússia, em 2014, e da guerra no leste da Ucrânia com os separatistas pró-russos, supostamente apoiados por Moscou, embora o Kremlin negue.

Os jornalistas da rádio recebem constantes ameaças por parte de funcionários russos e rebeldes ucranianos. Alguns deles, inclusive, podem acabar na prisão, como Vladislav Yesipenko, detido em março e que pode ser condenado a 15 anos de reclusão por acusações de espionagem.

A também se organiza para combater a desinformação russa, com vários canais midiáticos de "reação rápida".

"Criamos uma nova unidade em Kiev que agirá rapidamente, no mesmo dia, contra as informações falsas, a desinformação, a propaganda, dizendo simplesmente: 'de acordo, isto é verdade e isto não é verdade'", aponta Sukhotski.

Para o diretor, a função de seu veículo é "apresentar o contexto" para que a audiência possa "tomar suas próprias decisões". Por isso que "as autoridades russas nos veem como uma ameaça", afirmou.

Desde 2017, a foi classificada por Moscou como "agente estrangeiro", o que lhe rendeu uma série de custosos processos judiciais.

Citando as pressões russas para acabar com as transmissões da rádio, Sukhotski ressalta que isso evidencia a necessidade de dispor de vários canais para transmitir seu conteúdo.

"É possível bloquear um site, mas será muito difícil bloquear Facebook ou YouTube. A Rússia ainda não chegou a esse ponto", adverte. "Essa é a vantagem das redes sociais, pois nos permitem estar presentes mesmo com todas as tentativas de bloqueio."

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