"Trata-se de um acordo histórico em matéria de relações de trabalho que homologa o mercado de trabalho espanhol ao europeu", afirmou o Ministério do Trabalho em um comunicado.
É "um dia histórico para os trabalhadores e as trabalhadoras do nosso país", celebrou, em conversa com a imprensa, a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, líder da esquerda radical, aliado minoritário dos socialistas na coalizão de governo.
O conteúdo do acordo não foi divulgado, mas o governo de Pedro Sánchez havia dito que queria desmantelar a reforma trabalhista implementada em 2012 pelo conservador Mariano Rajoy. Segundo seus críticos, ela aumentou a precarização, em um país que tem o recorde europeu de contratos temporários.
O acordo foi firmado com as duas principais organizações patronais, o CEOE e o CEPYME (de pequenas e médias empresas), e com as duas grandes centrais sindicais, Comissões Operárias e UGT.
Fez-se uma corrida contra o relógio, já que a Comissão Europeia exigia o anúncio desta reforma em troca do megaplano europeu de recuperação. A Espanha é um de seus principais beneficiários, com 140 bilhões de euros (em torno de US$ 162,7 bilhões milhões de dólares).
O projeto de lei da reforma trabalhista deve ser aprovado no último Conselho de Ministros do ano, que acontece na próxima terça-feira (28).
MADRI