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Estado de Minas ADIS ABEBA

Nove grupos rebeldes etíopes se unem contra governo


05/11/2021 15:10 - atualizado 05/11/2021 15:15

Nove grupos rebeldes etíopes, incluindo os de Tigré, que ameaçam a capital, Addis Abeba, anunciaram nesta sexta-feira (5) a criação de uma aliança contra o governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed, em meio à escalada do conflito.

"Nossa intenção é derrubar o governo", declarou Berhane Gebre-Christos, representante do Frente da Libertação do Povo do Tigré (TPLF) durante a assinatura dessa aliança em Washington.

A intitulada Frente Unida das Forças Federais e Confederadas Etíopes agrupa a TPLF, na linha de frente dos combates há um ano; o Exército de Libertação Oromo, ou OLA, aliado da TPLF; e mais sete movimentos, cuja capacidade e tamanho são mais incertos.

Trata-se de organizações procedentes de diferentes regiões (Gambela, Afar, Somali e Benishangul), ou etnias (Agaw, Qemant, Sidama) do país.

"Esta frente unida responde às inúmeras crises que o país vive" para "anular os efeitos nefastos do poder de Abiy Ahmed sobre os povos da Etiópia e de outras partes", afirmaram estas organizações em um comunicado.

Elas também consideram "necessário" "unir suas forças para uma transição" na Etiópia.

O procurador-geral etíope Gedion Timothewos classificou essa aliança como um "golpe de comunicação" sem "verdadeira base popular".

Os dois lados ignoraram os pedidos dos Estados Unidos e da comunidade internacional para estabelecerem um cessar-fogo e iniciarem negociações.

Os Estados Unidos pediram, nesta sexta-feira, aos seus cidadãos que abandonem o país "o mais rápido possível" diante da escalada do conflito.

A guerra contra os rebeldes da TPLF no norte do país estourou há um ano, quando o governo federal enviou o Exército para destituir as autoridades dissidentes, em resposta a supostos ataques contra bases militares federais.

Abiy Ahmed proclamou sua vitória no final de novembro de 2020. A partir de junho deste ano, porém, o conflito sofreu uma reviravolta.

Os rebeldes do Tigré avançaram para além de sua região e, na quarta-feira (3), anunciaram a tomada da localidade de Kemissie, na região vizinha de Amhara, a 325 quilômetros de Addis Abeba.

O governo de Abiy Ahmed desmente as conquistas dos rebeldes e disse ontem que não vai recuar nesta "guerra existencial".

Nesta sexta-feira, o ministro da Defesa pediu aos membros aposentados do exército que se reincorporem para "proteger o país do complô que busca desintegrá-lo".

O porta-voz do primeiro-ministro classificou de "desinformação" os anúncios do TPLF. "Em Abis Abeba se vive uma sensação de normalidade", acrescentou.


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