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Estado de Minas TÓQUIO

Coalizão governista perde assentos, mas mantém maioria no Japão


31/10/2021 13:43 - atualizado 31/10/2021 13:49

A coalizão governista no Japão manterá o poder, mas perderá várias cadeiras no Parlamento, de acordo com os prognósticos da imprensa local após as eleições gerais deste domingo (31), consideradas uma prova de fogo para o primeiro-ministro, Fumio Kishida.

"Acredito que conseguimos uma valiosa confiança" dos eleitores, declarou Kishida à imprensa, tentando minimizar os resultados.

A emissora pública NHK informou que o Partido Liberal Democrata (PLD) e seu parceiro de coalizão Komeito obteriam 261 dos 465 assentos na Câmara Baixa, menos do que os 305 que ganharam nas últimas eleições.

Kishida se tornou líder do PLD há um mês, depois que Yoshihide Suga renunciou ao cargo após apenas um ano, em parte devido ao descontentamento público com sua resposta à crise da covid-19.

Após uma onda recorde de infecções que obrigou a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio a portas fechadas, os casos despencaram e a maioria das restrições foi suspensa.

Kishida, de 64 anos, prometeu criar um novo pacote de estímulo de dezenas de trilhões de ienes para conter o impacto da pandemia na terceira maior economia do mundo.

Ele também delineou planos para distribuir a riqueza de forma mais justa sob o chamado "novo capitalismo", embora os detalhes até agora permaneçam vagos.

Mesmo assim, os 106 milhões de eleitores japoneses "demonstrando muito pouco entusiasmo pelo novo primeiro-ministro", comentou Stefanel Angrick, economista sênior da Moody's Analytics.

"Kishida terá que convencer o público e os jovens membros de seu partido de que a continuidade não implica status quo, mas manter o que funcionou e melhorar o que não funcionou", acrescentou.

Em todo o Japão, 1.051 candidatos concorreram.

Nas últimas décadas, os votos contra o PLD foram divididos entre vários grandes partidos da oposição, mas desta vez cinco partidos rivais decidiram cooperar em uma tentativa de diminuir seu domínio.

Kishida teve índices de aprovação em torno de 50%, os mais baixos em duas décadas para um novo governo no Japão.

Ele estabeleceu uma meta confortável de ganhar 233 das 465 cadeiras da Câmara Baixa, considerando sua coalizão.

Seria, porém, o pior resultado do partido desde 2009. Desde 2012, o PLD sempre ocupou pelo menos 60% dos assentos na Câmara Baixa.

E um desempenho ruim pode levar a perdas na votação para a Câmara Alta no próximo verão, arriscando um retorno ao histórico japonês de "porta giratória" de premiês, alertam analistas.

Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas cinco pessoas conseguiram permanecer cinco anos ou mais no cargo de primeiro-ministro, e algumas serviram apenas dois meses.

Além de prometer combater a pandemia e trabalhar para impulsionar a classe média, o PLD indicou que terá como objetivo aumentar os gastos com defesa para conter as ameaças da China e da Coreia do Norte.

Enquanto isso, alguns partidos de oposição enfatizaram seu apoio a questões sociais das quais Kishida até agora se distanciou, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e permitir que casais tenham sobrenomes diferentes.


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