No gramado da Parliament Square, no centro de Londres, seu marido, Richard Ratcliffe, e sua filha de 7 anos, Gabriella, jogaram uma partida de jogo de tabuleiro em que retratos de Nazanin aparecem nas cartas.
Por meio desse símbolo, a Anistia Internacional (AI) pretende denunciar a situação dos ocidentais detidos no Irã, assim como a decepção de suas famílias.
"Este é um momento difícil, mas também aquele em que não nos sentimos esquecidos", disse Richard Ratcliffe à AFP, aliviado com a atenção que a nova chanceler, Liz Truss, dá ao caso.
A ministra falou nesta semana sobre o assunto, que agrava as tensões entre Londres e Teerã, com seu homólogo iraniano, Hosein Amir Abdollahian.
Em nota, a nova chefe da diplomacia britânica denunciou a "cruel separação de sua família" e "a terrível tortura" a que Nazanin foi submetida.
O porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Saeed Khatibzadeh, respondeu nesta quinta-feira com ironia sobre os "tuítes ásperos", contrários, segundo ele, ao tom adotado pelo Reino Unido e que pretendem apenas provocar "grandes manchetes" na imprensa.
Nazanin Zaghari-Ratcliffe, diretora de projeto da Fundação Thomson Reuters, braço filantrópico da agência de notícias homônima, foi presa em 2016 em Teerã, onde visitava sua família.
Ela é acusada de um complô para derrubar a República Islâmica, o que nega, e foi condenada a cinco anos de prisão. Depois de cumprir a pena, no final de abril foi punida com mais um ano de prisão e um ano de proibição de deixar o Irã por ter participado, em 2009, de uma manifestação em frente à embaixada iraniana em Londres.
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LONDRES