Isaak Kamali foi posto sob vigilância judicial no âmbito da investigação aberta em 2009.
Segundo o comunicado da PNAT, que confirma uma informação do jornal Le Parisien, Kamali é acusado de "participação no genocídio dos tutsis, cometido em 1994 em Ruanda, especialmente na prefeitura de Gitarama".
Contactado pela AFP, seu advogado não quis dar declarações.
Ainda de acordo com a PNAT, que também segue os casos de crimes contra a humanidade, em seu primeiro comparecimento perante o juiz de instrução, o homem negou os fatos dos quais é acusado.
Naturalizado francês, ele mora perto de Troyes (nordeste), disse uma fonte ligada ao caso.
"É uma surpresa porque o caso é muito antigo", disse à AFP Alain Gauthier, cofundador do Coletivo de Partes Civis de Ruanda (CPCR), que tinha apresentado uma denúncia contra ele em fevereiro de 2009.
Isaac Kamali foi condenado à pena de morte à revelia em 2003 por um tribunal ruandês, mas a sentença foi posteriormente anulada, devido a alterações na legislação ruandesa, segundo a denúncia do CPCR, consultada pela AFP.
No entanto, continuou na mira da justiça ruandesa.
Em 2008, foi detido no aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle, de Paris, quando voltava dos Estados Unidos e Kigali exigiu sua extradição, um pedido rejeitado pela justiça francesa.
PARIS