Todos testemunharam a prisão e detenção de Nizar Banat. Eles são acusados de "espancamentos que resultaram em morte, abuso de poder e violação das instruções de segurança", anunciou o porta-voz dos serviços de segurança palestinos Talal Dweikat.
Nizar Banat foi preso em 24 de junho na casa de seu tio em Dura, perto de Hebron, e sua saúde piorou rapidamente durante a detenção, segundo autoridades locais.
O legista encarregado da autópsia relatou marcas de golpes na cabeça, tórax, pescoço, pernas e mãos. Menos de uma hora se passou entre os espancamentos e sua morte, disse ele em junho.
Desde sua morte ocorreram manifestações em Ramalá, cidade onde fica a sede da Autoridade Palestina, nas quais gritos pedindo a queda de Abas e "Justiça para Nizar" foram ouvidos.
Diante dos protestos, a Autoridade Palestina formou um comitê, liderado pelo Ministério da Justiça, para investigar os eventos. Em nota, Dweikat informou que a investigação foi transferida para um tribunal militar responsável pelo julgamento.
Questionado pela AFP, o irmão de Nizar Banat, Ghasan, disse que a família "rejeita" a decisão do tribunal palestino.
"Acreditamos que eles estejam usando os 14 membros das forças de segurança como bode expiatório. Esses soldados e oficiais não vieram prender Nizar e matá-lo por conta própria, mas receberam uma ordem. E o fato de que todos permaneceram calados no primeiro momento mostra que as autoridades prometeram defendê-los", acrescentou.
A família de Nizar Banat, que acusa a Autoridade Palestina de tê-lo "assassinado", apelou à justiça britânica em julho "com base na jurisdição universal" e pediu ajuda à ONU para investigar sua morte.
RAMALLAH