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Estado de Minas DAMASCO

Síria ajudará Líbano nas importações de energia de Egito e Jordânia


04/09/2021 15:11 - atualizado 04/09/2021 15:13

Uma delegação ministerial libanesa iniciou neste sábado (4), em Damasco, conversas concentradas na importação de energia através da Síria - relatou a mídia estatal de ambos os países.

Trata-se de uma visita oficial inédita desde o início do conflito na Síria, há dez anos.

Em meio ao colapso econômico, o Líbano sofre uma grave escassez de combustível e cortes de energia que paralisam, em grande medida, os serviços e as atividades de hospitais, restaurantes, lojas e indústrias.

O Líbano tentará transportar gás egípcio e eletricidade jordaniana, através da Síria e de suas infraestruturas. Isso será feito com o consentimento dos Estados Unidos, em meio às sanções de Washington contra o governo sírio.

A delegação ministerial libanesa se reuniu hoje (4), em Damasco, com o ministro sírio das Relações Exteriores, Faysal Moqdad, e o ministro do Petróleo, Bassam Tohmé.

Em entrevista coletiva após o encontro no Ministério das Relações Exteriores, Nasri Khouri, um funcionário de alto escalão do governo libanês afirmou que a Síria está "disposta" a ajudar o Líbano em relação à "passagem do gás egípcio e da eletricidade jordaniana, através do território sírio".

"As duas partes concordaram em dar prosseguimento aos detalhes técnicos, mediante o estabelecimento de uma equipe conjunta", disse a mesma fonte, cercada de ministros libaneses e sírios.

O ministro libanês da Energia, Raymond Ghajar, anunciou que, na próxima semana, haverá uma reunião na Jordânia com representantes dos governos libanês, sírio, jordaniano e egípcio, para estabelecer um roteiro de ação.

Liderada pela vice-primeira-ministra do governo provisório, Zeina Akkar, a delegação libanesa é composta do ministro das Finanças, Ghazi Wazni, de Energia, Raymond Ghajar, e pelo influente diretor-geral de Segurança Geral, Abbas Ibrahim.

- Infraestrutura síria gravemente danificada -

As infraestruturas sírias foram devastadas pelo conflito deflagrado em 2011, e serão necessárias obras no país para permitir o transporte das importações de energia da Jordânia, assim como através do Mar Vermelho, no caso do gás egípcio.

Em relação à compra de gás egípcio e aos custos de transporte, a presidência libanesa já havia informado sobre as negociações realizadas por Washington com o Banco Mundial para assegurar o financiamento.

O comitê conjunto vai avaliar "em que estado se encontram as infraestruturas", disse o ministro sírio Bassam Tohmé à imprensa, já que "as infraestruturas, de gás ou elétricas, sofreram danos significativos".

Muito simbólico, este deslocamento acontece no momento em que o Líbano segue profundamente dividido a respeito das relações a serem mantidas com Damasco, desde a eclosão do conflito na Síria, em 2011.

Ambos os países mantiveram relações diplomáticas, mas as visitas oficiais são praticamente inexistentes.

Apenas os ministros dos partidos libaneses aliados de Damasco, em particular o Hezbollah, visitaram a Síria, a título individual.

Esta visita também se insere no contexto de rivalidades geopolíticas entre Estados Unidos e Irã, apoiador do movimento libanês Hezbollah.

Embora o Líbano esteja há mais de um ano negociando com o Cairo sobre a questão energética, as sanções americanas contra a Síria sempre representaram um obstáculo, disse à AFP uma fonte ligadas às tratativas.


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