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Estado de Minas CIDADE DA GUATEMALA

ONG da Guatemala denuncia mais de 500 ataques e 5 mortes de ativistas de direitos humanos


03/09/2021 20:55

Um grupo de direitos humanos da Guatemala informou nesta sexta-feira (3) que, no primeiro semestre do ano, foram registrados 551 ataques e cinco assassinatos de ativistas no país.

Se a tendência continuar, 2021 será o período com mais ataques contra pessoas, organizações e comunidades que defendem os direitos humanos, afirmou a Unidade de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos da Guatemala (UDEFEGUA).

Os dados desta organização não governamental, uma das mais importantes do país, indicam que ao longo do ano passado foram registrados 1.055 ataques.

"Pessoas, organizações e comunidades que defendem os direitos humanos enfrentam uma situação cada vez mais arriscada para realizar seu trabalho na Guatemala", lamentou Jorge Santos, coordenador geral da UDEFEGUA.

Santos considerou que esta deterioração se deve em grande parte "às medidas que o próprio Estado tem tomado para limitar sua independência e criminalizar atores críticos que atuam a partir de sua autonomia".

Segundo a ONG, 97% dos ataques são contra pessoas que defendem os direitos humanos e o restante contra organizações, instituições ou comunidades que defendem os direitos humanos.

A organização também documentou cinco assassinatos de ativistas enquanto trabalhavam para defender seus direitos ou como líderes em suas comunidades.

Para Santos, essa situação mostra um "retrocesso democrático que pode ser identificado com a captura de instituições fundamentais que fazem cumprir o Estado de Direito e a legalidade no país".

Além disso, estão garantindo "impunidade aos atores que se dedicam a impor um regime de violência e corrupção".

Da mesma forma, a expulsão de procuradores, juízes e magistrados independentes, a criminalização de comunidades que se opõem a projetos extrativistas ou a restrição da liberdade fundamental de mobilidade sob o pretexto da pandemia covid-19, favorecem o retrocesso.

Por fim, a entidade avalia que "o cerco, o assédio e os ataques permanentes contra os defensores dos direitos humanos abrem as portas para a consolidação de um regime autoritário" no país.


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