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Estado de Minas WASHINGTON

Agência dos EUA suspende voos da Virgin Galactic ao espaço durante investigação


02/09/2021 17:42 - atualizado 02/09/2021 17:43

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) confirmou nesta quinta-feira à AFP que investiga os detalhes da famosa viagem da espaçonave da Virgin Galactic em julho, e anunciou que a mesma não poderá fazer novos voos até que se tenha determinado por que ela desviou da trajetória planejada.

"A Virgin Galactic não poderá voltar a voar a SpaceShipTwo até que a FAA aprove o relatório final de investigação sobre o desvio ou determine que o problema não afeta a segurança pública", informou a agência federal.

"Durante o voo de 11 de julho de 2021, a aeronave da Virgin Galactic SpaceShipTwo desviou de sua autorização de controle de tráfego aéreo enquanto retornava à Spaceport America", base espacial usada pela empresa no deserto do estado do Novo México, disse a FAA. A investigação sobre essa irregularidade está "em andamento", afirmou a agência.

Uma reportagem da revista semanal "The New Yorker" revelou que alertas de segurança dispararam na cabine da nave durante a viagem. Posteriormente, a FAA confirmou à AFP a abertura de uma investigação, porque a aeronave se afastou do espaço aéreo autorizado e dedicado à missão.

A Virgin Galactic garantiu, naquele momento, que o voo havia ocorrido conforme o planejado. A decisão da FAA é um golpe para a empresa espacial privada de Branson, que ajusta seus planos para transportar clientes, que pagarão grandes quantias para viajar após o primeiro voo de teste totalmente tripulado.

- Dúvidas técnicas -

Não está claro se o próximo vôo de teste da Virgin, envolvendo membros da Força Aérea italiana, ocorrerá conforme o programado, no fim de setembro ou início de outubro.

O problema na trajetória ameaçou comprometer a fase de retorno à Terra, quando a nave espacial VSS Unity, na qual viajavam os dois pilotos, Branson e outros três passageiros, acabou flutuando até pousar em uma pista do Novo México.

De acordo com o artigo do jornalista investigativo Nicholas Schmidle, os pilotos encontraram primeiro uma luz amarela e, em seguida, uma luz vermelha, indicando que a subida do avião espacial era muito rasa e que o nariz da nave não estava vertical o suficiente.

Citando fontes anônimas dentro da empresa fundada por Branson, a revista especificou que a forma mais segura de reagir a esses alertas teria sido interromper a missão.

Sem uma ação corretiva, que os pilotos aplicaram, a aeronave não teria energia suficiente para iniciar o seu retorno à base. A revista explicou que uma luz vermelha acesa indica um problema grave, que poderia ter uma consequência fatal.

A aeronave superou, então, 80 km de altitude, ponto estabelecido nos Estados Unidos para a fronteira espacial, fazendo com que os passageiros se deslocassem de seus assentos e flutuassem por cerca de minutos sem gravidade.

"Contestamos as descrições e conclusões do artigo da New Yorker", diz a Virgin Galactic em comunicado enviado à AFP. "Quando o veículo foi confrontado com ventos de grande altitude, que alteraram a trajetória, os pilotos e sistemas monitoraram a mesma, para garantir que se mantivesse dentro dos parâmetros da missão", detalhou a empresa.

Uma falha teria manchado a imagem da Virgin Galactic, que convidou toda a imprensa e espectadores renomados para o evento, transmitido ao vivo.

Branson, 70 anos, venceu por alguns dias o fundador da gigante Amazon, Jeff Bezos, e sua companhia Blue Origin em uma corrida espacial entre bilionários.


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